ONG são-tomense Quá Téla aposta na produção local com pequenos empresários

A Organização Não-Governamental (ONG) Quá Téla, de São Tomé e Príncipe, tem vindo a apostar na divulgação de produtos locais, nomeadamente sabão, óleos corporais, assim como produtos alimentícios como compotas, licores e aperitivos. A Quá Téla, expressão em crioulo forro que em português significa 'coisas da terra', nasceu oficialmente em 2011 em São Tomé e…
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Localizado em Água Izé, na capital do país, a Organização Não-Governamental também produz vestidos e camisolas, reunindo produtos de várias pequenas e grandes cooperativas.
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A Organização Não-Governamental (ONG) Quá Téla, de São Tomé e Príncipe, tem vindo a apostar na divulgação de produtos locais, nomeadamente sabão, óleos corporais, assim como produtos alimentícios como compotas, licores e aperitivos.

A Quá Téla, expressão em crioulo forro que em português significa ‘coisas da terra’, nasceu oficialmente em 2011 em São Tomé e Príncipe, reunindo pequenos empresários transformadores de produtos locais que trabalham na valorização e transformação da produção nacional.

Localizado em Água Izé, na capital do país, a organização também produz vestidos e camisolas, reunindo produtos de várias pequenas e grandes cooperativas e também negoceia os melhores preços para que se torne acessível para o mercado local.

Em declarações à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, os membros de direcção da QuaTela, Cecília Brandão e Valdemir de Almeida, disseram que o lema da organização é “produzir com qualidade para ter melhores preços”.

“Esta ONG emprega apenas quatro pessoas directamente, todos produtores. Indirectamente, tem cerca de 480 funcionários, sendo que 75% são mulheres”, explica Cecília Brandão.

O coco, de acordo com a responsável, é um dos produtos com uma vasta plantação no país “e a sua qualidade é superior”, a julgar pelas características do solo e clima.

“Por existir em grande quantidade, torna-se também o produto mais presente em todas as gamas de produtos pelo seu valor nutricional, que é considerado muito bom, sem prejuízo de alterações. É utilizado desde a culinária à estética”, acrescentou.

por sua vez, o secretário-geral da Quá Téla, Valdemir de Almeida, diz que o que se almeja e que as empresas alcancem o mais alto patamar e lancem a mão aos transformadores, para que os iniciantes consigam atingir os seus objectivos.

“Ao nível do cacau, um dos produtos ex-líbris de São Tomé e Príncipe, demarca-se pela qualidade. No entanto, a quantidade não é suficiente para fazer grandes exportações. O mercado interno não consegue ainda absorver toda a produção. Por outro lado, a cotação oferecida para o mercado exterior não encontra grandes concorrentes, o que torna a exportação mais apetecível”, frisou.

Valdemir de Almeida explicou que apesar de São Tomé e Príncipe ser conhecido pelo mundo como o país do cacau, café, baunilha e especiarias, os pequenos empresários ainda enfrentam os seus desafios, nomeadamente a certificação de qualidade.

“A exportação dos produtos para a Europa, para além das burocracias aduaneiras, também carecem de uma atenção especial por parte do nosso Governo, algo que já tentamos abordar várias vezes, mas sem sucesso. Continuamos a tentar ultrapassar esta dificuldade, trabalhando para dentro”, lamentou.

 

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