ONU considera que o processo de transição em São Tomé e Príncipe será difícil

O presidente da Assembleia geral da ONU, Abdullah Shahid, considerou recentemente que São Tomé e Príncipe deve alargar o prazo da graduação do arquipélago equatorial para país de rendimento médio, previsto até Dezembro de 2024, tendo em conta as vulnerabilidades dos pequenos Estados insulares. “Vindo eu de um pequeno país insular, posso partilhar convosco que…
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Primeiro-ministro refere que é necessário que exista uma ponderação e concertação alargada, que conte com a colaboração de peritos internacionais sobre esta decisão.
Economia

O presidente da Assembleia geral da ONU, Abdullah Shahid, considerou recentemente que São Tomé e Príncipe deve alargar o prazo da graduação do arquipélago equatorial para país de rendimento médio, previsto até Dezembro de 2024, tendo em conta as vulnerabilidades dos pequenos Estados insulares.

“Vindo eu de um pequeno país insular, posso partilhar convosco que será difícil, desafiante, porque o processo de graduação não tem em conta as vulnerabilidades dos pequenos Estados”, salientou Abdullah Shahid, referindo que o processo de graduação será difícil.

Por sua vez, o primeiro-ministro daquele país lusófono, Jorge Bom Jesus, sublinhou que a passagem de São Tomé e Príncipe da lista de países menos desenvolvidos para a categoria de país de rendimento médio não está ainda decidida de forma definitiva, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19.

O governante defendeu a necessidade de “o Governo, mais outros órgãos de soberania, todos os partidos políticos, todos os são-tomenses em geral” se sentarem para se poder analisar a oportunidade desse processo e se, de facto, o país está em condições de ser graduados em 2024.

Para o chefe do executivo, é necessário que exista uma ponderação e concertação alargada, que conte com a colaboração de peritos internacionais sobre esta decisão.

Confiante, a chefe da diplomacia, Edite Tem Jua, alegou que a meta de 2024 não é fácil, mas acredita numa transição suave, “já que as Nações Unidas representam um parceiro fundamental naquilo que é o processo de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”.

“Como sistema das Nações Unidas, temos feito um percurso naquilo que é a caminhada para São Tomé e Príncipe se tornar um país de rendimento médio”, assegurou Edite Jua.

*Com RFI

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