As trocas comerciais entre China e África disparam 35%, entre Janeiro e Dezembro de 2021, para um total de 254 mil milhões de dólares, revelam dados oficiais da Alfândega chinesa, que fazem o resumo dos desenvolvimento do negócio nos dois sentidos.
Com a subida em mais de 30% das trocas, a evolução evidencia assim cada vez mais a importância das vendas da China para o continente africano. Só no espaço de um ano, as transacções aumentaram 65 mil milhões de dólares.
De acordo com dados disponíveis, o gigante asiático foi o primeiro a superar a pandemia da Covid-19, após ter adoptado medidas restritas de prevenção, incluindo o isolamento de cidades com milhões de habitantes, no primeiro trimestre de 2020.
Assim, com o cair dos casos da pandemia, os exportadores chineses beneficiaram com a permissão para retomar a actividade, enquanto os concorrentes estrangeiros enfrentaram restrições.
Esta vantagem foi mantida em 2021, à medida que outros governos renovaram as medidas de contenção em resposta à disseminação de novas variantes do coronavírus.
Analistas dos mercados financeiros internacionais citados pela imprensa especializada acreditam que o aumento das trocas comerciais reflecte assim, sobretudo, o aumento das exportações da China para África.
Antes da crise, a balança comercial manteve-se equilibrada, com cerca de 100 mil milhões de dólares, em compras e vendas de cada lado. Já no ano passado, a China exportou um total de 148 mil milhões de dólares e importou apenas 106 mil milhões.
Citados pela Lusa, dados da Administração Geral das Alfândegas da China, mostra que Angola foi o segundo país africano que mais exportou para a China, ultrapassada apenas por África do Sul. Assim, Luanda facturou 21 mil milhões de dólares em vendas para a China.