Opinião

Criar valor com a transformação digital

Forbes Internacional

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Gabriel Coimbra Director-geral da IDC Portugal   Artigo incluído na edição de Abril 2019   A transformação digital representa uma oportunidade ímpar para as organizações tradicionais realizarem mudanças significativas nos seus negócios e operações. A informação e a tecnologia representam vantagens competitivas, porque permitem operações mais eficientes, criando novas fontes de receita e fidelização de…

Gabriel Coimbra

Director-geral da IDC Portugal

 

Artigo incluído na edição de Abril 2019

 

A transformação digital representa uma oportunidade ímpar para as organizações tradicionais realizarem mudanças significativas nos seus negócios e operações. A informação e a tecnologia representam vantagens competitivas, porque permitem operações mais eficientes, criando novas fontes de receita e fidelização de clientes. Para as potenciar, as empresas devem ter uma abordagem “de fora para dentro”, tirando partido do seu ecossistema, seja com os seus clientes, os parceiros, os colaboradores e a comunidade, para evoluir de forma dinâmica as suas ofertas e até mesmo o seu modelo de negócio. Essa mudança só é possível com uma alteração profunda da cultura e processos das organizações, e através da utilização de tecnologias como a cloud, a mobilidade, o social, o big data, a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, Robótica o Blockchain, entre outros.

 

Apesar dos investimentos significativos em tecnologias e serviços para a transformação digital, muitas organizações não conseguem tirar o retorno esperado, ficando aquém das expectativas do investimento. Aliás, menos de 10 % das grandes organizações em todo o mundo atingiram a fase mais avançada de maturidade da transformação digital, em 2018 (fonte: IDC DX Maturityscape).

 

As previsões da IDC apontam para que, em 2020, cerca de 30% das 2 mil maiores empresas mundiais invistam pelo menos 10% das suas receitas em projectos de transformação digital, e que cerca de 50% deste investimento esteja relacionado com a transformação das operações, desde a digitalização dos processos, até à digitalização dos produtos, que serão cada vez mais um serviço.

 

Dos restantes 50%, os estudos apontam para que grande parte do investimento seja canalizado para a experiência do cliente e do ecossistema, e para os processos de gestão da informação. As outras duas categorias, que apesar de representarem menos de 10% do investimento, são as mais críticas para o sucesso de qualquer processo de transformação digital: a liderança e gestão da mudança, e a gestão dos talentos.

 

Globalmente, os três sectores que este ano irão investir mais em transformação digital são: indústria transformadora, que representará 28% de todo o investimento, e os principais use cases de transformação estão associados à produção inteligente, aos processos de inovação e a digitalização inteligente da cadeia de abastecimento; transportes, que representarão quase 10% de todo o investimento, e os principais use cases de transformação estão associados à digitalização e inteligência dos processos de gestão de carga e tráfego, assim como o agendamento inteligente; e retalho, que representará cerca de 8% do todo o investimento, e os principais use cases de transformação estão associados ao comércio digital, experiências virtuais aumentadas e marketing digital personalizado nas lojas, assim como novas soluções de pagamentos.

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