Orçamento do Ministério da Cultura de Cabo Verde vai aumentar para 4% 

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, afirmou, esta semana, que o orçamento para o sector vai aumentar a partir do próximo ano, dos actuais 0,64% para 4%, mas que ainda é insuficiente para grandes investimentos. "Há um aumento para 4%, são 21 mil contos (190 mil euros) que não chegam às expectativas que nós temos…
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Ainda assim, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas diz que o orçamento não é suficiente para continuar o projecto de reabilitação patrimonial.
Economia

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, afirmou, esta semana, que o orçamento para o sector vai aumentar a partir do próximo ano, dos actuais 0,64% para 4%, mas que ainda é insuficiente para grandes investimentos.

“Há um aumento para 4%, são 21 mil contos (190 mil euros) que não chegam às expectativas que nós temos de estar ainda mais presente na promoção da música cabo-verdiana a nível internacional, estar mais presente no financiamento de novas produções da música tradicional, que claramente está em desvantagem em relação à música mais popular”, disse.

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas falava na praia, à margem de uma reunião do Conselho do Ministério, reafirmando que o orçamento não é suficiente para continuar o projecto de reabilitação patrimonial, para contratação de quadros e ainda para construção de uma nova sede do Arquivo Nacional.

“A Cultura, apesar do seu enorme potencial, não pode continuar a ser gerida com essa escassez de meios e essa escassez de meios nota-se no momento, por exemplo, de concretizar o financiamento e as parcerias que nós temos com os festivais a nível nacional”, apontou o o governante, que tem reclamado todos os anos acerca do reduzido orçamento para o seu Ministério.

Segundo uma publicação na página do Governo, o orçamento do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas para este ano foi de 505,9 milhões de escudos (4,5 milhões de euros), o que corresponde a 0,64% do Orçamento do Estado.

Abraão Vicente, citado pela Lusa, disse que o programa do Governo é “pouco ambicioso” para as actividades que o ministério tem desenvolvido, para o futuro e que é preciso dar o salto a nível da robustez do financiamento.

“Há um conjunto de programas, por exemplo, de apoio à música tradicional cabo-verdiana. Não conseguimos financiar o número de artistas de novos valores que nós acreditamos ser necessários para fazer. Todo o financiamento da lista indicativa do Património Imaterial da Humanidade ainda está completamente sem financiamento a nível do orçamento do Estado”, lamentou.​

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