Os representantes de organizações de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe enalteceram recentemente o papel da cooperação portuguesa nos países lusófonos na Assembleia da República, sublinharam ainda a importância da continuidade deste apoio.
A directora executiva da Plataforma das ONG de Cabo Verde, Dirce Varela disse que para que a cooperação alcance os seus objectivos, o Estado deve saber gerir essa cooperação e esta deve respeitar o país receptor, a par de um envolvimento das organizações locais.
“A cooperação portuguesa continua essencial para o desenvolvimento de Cabo Verde”, tendo sido “fundamental nos últimos 50 anos”, disse a responsável.
Miguel Barros, director executivo da Tiniguena, uma organização não governamental guineense que visa promover o desenvolvimento participativo e durável, baseado na conservação dos recursos naturais e culturais e no exercício da cidadania, também indicou a importância da cooperação portuguesa, no entanto, defendeu um estreitamento da relação entre a Assembleia da República com as iniciativas de cooperação portuguesa nos locais onde estas são desenvolvidas.
Já Filipa Oliveira, da Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP), lamentou a diminuição dos valores da Ajuda Pública ao Desenvolvimento que se regista a nível global e alertou para eventuais riscos de desvio do seu orçamento para a defesa e segurança.
A dirigente disse que existem muitos bons exemplos da cooperação, sobretudo nas áreas da educação e saúde, nas quais também nem sempre corre tudo bem.
Durante uma audição conjunta da Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP), a Casa dos Direitos da Guiné-Bissau, a Federação das ONG de São Tomé e Príncipe (FONG-STP) e a Plataforma das ONG de Cabo Verde, os deputados da Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, diz a Lusa, ouviram de quem está no terreno a importância da cooperação portuguesa.
