Oxford melhora crescimento de Moçambique para 4,4% este ano

A consultora Oxford Economics reviu em alta a perspectiva de crescimento da economia de Moçambique, antecipando agora um crescimento de cerca de 4,4% devido a aceleração do estabelecimento de infra-estruturas, principalmente em Cabo Delgado. "O crescimento do Produto Interno Bruto surpreendeu-nos significativamente no primeiro semestre deste ano, o que nos vai levar a aumentar a…
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Consultora diz-se "significativamente surpreendida com o crescimento do PIB do país no 1º semestre deste ano, o que levou-lhe a aumentar a previsão de 3,6% para perto de 4,4%.
Economia

A consultora Oxford Economics reviu em alta a perspectiva de crescimento da economia de Moçambique, antecipando agora um crescimento de cerca de 4,4% devido a aceleração do estabelecimento de infra-estruturas, principalmente em Cabo Delgado.

“O crescimento do Produto Interno Bruto surpreendeu-nos significativamente no primeiro semestre deste ano, o que nos vai levar a aumentar a nossa previsão de crescimento no total do ano de 3,6% para perto de 4,4%”, escrevem os analistas num comentário à evolução da economia moçambicana nos primeiros seis meses deste ano.

No comentário, enviado aos clientes e citado pela agência de notícias Lusa, o departamento africano da britânica Oxford Economics escreve que o projecto de gás natural liquefeito Coral South pode aumentar a produção total de gás natural num valor que pode chegar a 63, o que, aliado à reconstrução de infra-estruturas, sustenta a revisão da estimativa de crescimento da economia.

“Para além dos desenvolvimentos no sector do gás natural liquefeito, antecipamos que os investimentos em infra-estruturas, relacionados com a expansão da rede eléctrica e a reconstrução da infra-estrutura danificada em Cabo Delgado também apoiem o crescimento económico este ano”, aponta a Oxford Economics.

Esta consultora já tinha adiado a previsão de recomeço dos trabalhos da TotalEnergies, do final deste ano, para o primeiro semestre de 2024, devido a relatos de que o projecto enfrenta desentendimentos entre os empreiteiros sobre os custos, o que faz com que a Oxford Economics Africa anteveja um menor nível de construção e de gastos em investimentos fixos no segundo semestre, “mas mesmo assim o crescimento do primeiro semestre é suficiente para compensar esta redução”.

Moçambique cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano, acelerando face aos 4,2% registados nos primeiros trimestres do ano, em comparação com os períodos homólogos.

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