Parceria para estabilidade, juventude e transição verde dominaram discurso de António Costa, a 7.ª Cimeira UA-UE

A União Europeia reafirmou o compromisso de mobilizar todos os seus instrumentos civis, militares e tecnológicos para apoiar a segurança e a estabilidade em África, numa abordagem que abrange missões de paz, combate ao terrorismo, prevenção de ciberataques, mitigação de campanhas de desinformação e resposta a outras ameaças híbridas. A mensagem foi transmitida pelo Presidente…
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O Presidente do Conselho Europeu defendeu em Luanda uma parceria assente em interesses mútuos, autonomia estratégica africana e investimento na juventude como motor do futuro comum, perante um contexto global marcado por tensões e incertezas.
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A União Europeia reafirmou o compromisso de mobilizar todos os seus instrumentos civis, militares e tecnológicos para apoiar a segurança e a estabilidade em África, numa abordagem que abrange missões de paz, combate ao terrorismo, prevenção de ciberataques, mitigação de campanhas de desinformação e resposta a outras ameaças híbridas.

A mensagem foi transmitida pelo Presidente do Conselho Europeu, António Costa, durante o discurso proferido na 7.ª Cimeira União Africana–União Europeia, realizada em Luanda, no Salão Protocolar da Presidência da República, em Luanda.

Costa sublinhou que a União Europeia se mantém como o principal parceiro de segurança de África, lembrando que esta relação, além de reforçar a estabilidade do continente, constitui também um activo estratégico para a própria segurança europeia. Para o líder europeu, esta parceria assenta numa lógica de interesses partilhados e de benefícios mútuos, reflectindo a crescente interdependência geopolítica entre os dois blocos.

O Presidente do Conselho Europeu destacou igualmente o potencial de aprofundamento da cooperação económica e tecnológica, desde o comércio à integração regional, passando pela criação de cadeias de valor resilientes e pelo desenvolvimento sustentável das matérias-primas críticas. Esta agenda, disse, procura fortalecer a autonomia estratégica africana sem criar novas dependências, afirmando-se como base para uma prosperidade conjunta e para a aceleração das transições verde e digital.

A dimensão humana foi outro eixo central do seu discurso. António Costa reiterou a necessidade de investir na população africana, em particular na juventude, que considerou determinante para o futuro dos dois continentes. A criatividade, a ambição e o dinamismo das novas gerações africanas, observou, são activos indispensáveis para construir um mundo mais próximo, estável e sustentável.

Num cenário internacional marcado por incertezas, o líder europeu assegurou que a União Europeia continuará a ser um parceiro “credível, fiável e sólido” para África, defendendo que a construção de um futuro próspero e seguro depende de uma cooperação reforçada.

“Só podemos construir um futuro próspero e seguro se o fizermos juntos. E como aqui se diz em Angola: estamos juntos”, concluiu António Costa.

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