PGR instaura 489 processos de corrupção e reforça equipas para investigar “mega casos”

A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) instaurou, ao longo deste ano, 489 processos-crime de corrupção e criminalidade conexas, dos quais resultaram 51 acusações formais, segundo o diário institucional do órgão. O documento regista igualmente um reforço da cooperação internacional, com o número de cartas rogatórias enviadas e recebidas a subir de 66, em 2024,…
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Com mais cooperação internacional e um salto na formação de quadros, Angola intensifica a resposta à corrupção e à criminalidade conexa. Relatório da Procuradoria-Geral da República revela aumento da capacidade investigativa.
Economia

A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) instaurou, ao longo deste ano, 489 processos-crime de corrupção e criminalidade conexas, dos quais resultaram 51 acusações formais, segundo o diário institucional do órgão.

O documento regista igualmente um reforço da cooperação internacional, com o número de cartas rogatórias enviadas e recebidas a subir de 66, em 2024, para 70 em 2025, acompanhado pela assinatura de novos acordos bilaterais com a Rússia, Cuba, Reino Unido e Vietname. Este movimento reflecte o aprofundamento das redes de colaboração externa no combate a crimes económicos cada vez mais transnacionais.

No domínio da capacitação, os dados avançados pelo director nacional de Investigação e Acção Penal, Prevenção e Combate à Corrupção, Pedro de Carvalho, evidenciam um salto expressivo: o número de quadros formados passou de 77, em 2024, para 171 em 2025, incluindo técnicos de justiça. A expansão da formação demonstra o esforço institucional para actualizar competências e responder à crescente sofisticação dos esquemas ilícitos.

O relatório, citado pela Lusa, destaca ainda a criação de equipas multissectoriais especializadas para investigar os chamados “mega casos” — estruturas reforçadas que passaram de três, em 2024, para cinco equipas em 2025.

Apesar das equipas já existentes dedicadas a processos complexos, o aumento visa acelerar a tramitação e elevar a qualidade das investigações que envolvem fluxos financeiros de grande escala e redes de criminalidade organizada.

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