PM de Cabo Verde diz que economia recupera bem das sucessivas crises

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, apresentou esta Segunda-feira, 30 de Outrubro, no parlamento do país, o que considera “resultados visíveis” da governação e medidas com impacto nos rendimentos e estabilização dos preços, e disse que a economia recupera bem das sucessivas crises. No debate na segunda sessão parlamentar de Outubro, sobre "Política de…
ebenhack/AP
Ulisses Correia e Silva apresentou, no parlamento, o que considera “resultados visíveis” da governação e medidas com impacto nos rendimentos e estabilização dos preços.
Economia

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, apresentou esta Segunda-feira, 30 de Outrubro, no parlamento do país, o que considera “resultados visíveis” da governação e medidas com impacto nos rendimentos e estabilização dos preços, e disse que a economia recupera bem das sucessivas crises.

No debate na segunda sessão parlamentar de Outubro, sobre “Política de Rendimentos e Preços”, Ulisses Correia e Silva notou que o contexto actual ainda é marcado por crises, como secas severas, consequências da pandemia da Covid-19 e guerra na Ucrânia.

Neste sentido, disse que a política de rendimentos e de preços do Governo teve que se acomodar para proteger o emprego e o rendimento e reduzir os impactos da inflação sobre as famílias e as empresas.

Num “contexto muito difícil, que nenhum outro Governo em Cabo Verde enfrentou desde o advento da democracia”, o primeiro-ministro mostrou os “resultados visíveis” da governação, que iniciou em 2016, como o aumento da massa salarial em 32,7% desde então e até 2022.

Também apontou o aumento do salário mínimo, que passou de 11 mil escudos (99 euros) em 2016 para 16 mil escudos (145 euros) em 2024, para a função pública, e 15 mil escudos (136 euros), para o sector privado, prevendo-se chegar aos 17 mil escudos (154 euros) em 2025.  

Outro resultado é que mais trabalhadores empregados passaram a ter cobertura de segurança social, atingindo 65% em 2022, bem como a previsão de redução da taxa de desemprego para 8,7% este ano (foi de 12,1% em 2022).

Segundo prosseguiu, a taxa da pobreza absoluta baixou para 20% no segundo trimestre de 2023 e a pobreza extrema baixou para 9,4% no segundo trimestre de 2023.

“Estes são resultados produzidos em situação de crises mundiais. Em contexto de normalidade, estaríamos muito melhor”, salientou o chefe do Governo na sua intervenção na abertura da sessão, cujo tema foi apresentado pelo grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, no poder).

Para disponibilizar rendimentos e aliviar os encargos das famílias, recordou o primeiro-ministro, citado pela Lusa, o Governo criou, entre outros, o Rendimento Social de Inclusão (RSI), que no próximo ano vai beneficiar mais de 9 000 famílias, e aumentou o valor e o número de beneficiários da Pensão Social, abrangendo mais de 25 mil idosos.

Mais Artigos