PM de São Tomé faz avaliação crítica do sector empresarial e institutos do Estado

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, fez recentemente uma avaliação crítica da gestão e desempenho de várias empresas públicas e outras estruturas do Estado, a quem lembrou que “têm responsabilidades com a nação”. Patrice Trovoada falava no final de uma reunião com os representantes do Estado nos conselhos de administração de participadas, dirigentes de empresas públicas…
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As empresas públicas não estão bem. São empresas que devem ao fisco, devem à Segurança Social, devem a uma série de fornecedores, disse o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
Economia

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, fez recentemente uma avaliação crítica da gestão e desempenho de várias empresas públicas e outras estruturas do Estado, a quem lembrou que “têm responsabilidades com a nação”.

Patrice Trovoada falava no final de uma reunião com os representantes do Estado nos conselhos de administração de participadas, dirigentes de empresas públicas e alguns institutos autónomos, que constatou ser necessária no quadro da preparação do Orçamento do Estado e da análise do Estado da Nação.

“Percebermos que as coisas não estão bem. E essas empresas públicas também não estão bem. São empresas que devem ao fisco, devem à Segurança Social, devem a uma série de fornecedores”, afirmou.

Estas são entidades “que não pagam dividendos ao Estado, por conseguinte, representam um grande peso para toda a sociedade são-tomense” e também por isso “têm a responsabilidade com a nação”, sublinhou o chefe do Governo.

Sendo “fonte de emprego”, com muitos postos de trabalho, algumas são também “uma fonte de tacho”, denunciou Patrice Trovoada.

Esta estrutura empresarial pública e de regulação pública devia ajudar o país a crescer e criar riqueza, mas, salientou “não tem sido o caso” e o Governo considerou necessário dizer aquilo que espera desses parceiros e funcionários nesta reunião.

Para as que estão em má situação financeira, “a direcção dessas empresas tem que apresentar [ao Governo] um plano de recuperação, que vamos ver a pertinência”, anunciou Patrice Trovoada, citado pela Lusa.

O primeiro-ministro considerou também necessário actuar, sobretudo ao nível do Ministério das Finanças, porque o Estado “não pode ser um factor de bloqueio para o sector privado”, de onde diz ter tido “muitas queixas”.

Patrice Trovoada salientou que tem de haver leis e regras, mas quer também fazer passar a mensagem da necessidade de promover o investimento nacional e estrangeiro, e para isso têm de encontrar soluções.

“Ou adaptamos as leis e o regulamento ou negociamos com o sector privado para ver como é que podemos melhorar alguns procedimentos”, referiu.

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