Portugal e Brasil querem apoiar países lusófonos a terem Geoparques da Unesco

Portugal e Brasil têm a capacidade de auxiliar os restantes países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a alcançarem o reconhecimento como Geoparques Mundiais da Unesco. Esta afirmação foi feita à agência Lusa por Teresa Ferreira, directora do departamento de desenvolvimento do Turismo de Portugal, durante o 1.º Fórum Geoparques Mundiais da Unesco…
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Portugal e Brasil podem ajudar países da CPLP a obter o reconhecimento de Geoparques Mundiais da Unesco, afirmou Teresa Ferreira no 1.º Fórum de Geoparques de Língua Portuguesa, no Brasil.
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Portugal e Brasil têm a capacidade de auxiliar os restantes países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a alcançarem o reconhecimento como Geoparques Mundiais da Unesco. Esta afirmação foi feita à agência Lusa por Teresa Ferreira, directora do departamento de desenvolvimento do Turismo de Portugal, durante o 1.º Fórum Geoparques Mundiais da Unesco de Língua Portuguesa, realizado no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.

Teresa Ferreira revelou que, nas reuniões do fórum, foi lançado o desafio de incluir outros países da CPLP neste importante reconhecimento e expandir a rede de geoparques. Segundo a responsável, um representante da UNESCO, que participou no evento por videoconferência, citou Angola como exemplo de um país que poderia beneficiar deste processo.

“Podemos ajudar outros países a fazerem o processo, um processo exigente que implica também um empenhamento político e das comunidades,” afirmou Teresa Ferreira.

Actualmente, Portugal e Brasil são os únicos países da CPLP com Geoparques Mundiais da Unesco: Naturtejo, Arouca, o arquipélago dos Açores, Terras de Cavaleiros, Estrela e Oeste em Portugal, além de outros seis no Brasil. No total, existem 213 Geoparques Mundiais da UNESCO em 48 países.

Ferreira explicou que os territórios com esta certificação precisam cumprir um conjunto de normas e requisitos em três áreas principais: geoconservação, proteção do património geológico, geoeducação através do envolvimento com as comunidades locais e geoturismo. Estes territórios são avaliados a cada quatro anos.

Em Portugal, há uma componente turística significativa associada aos geoparques, que ajuda a descentralizar a oferta turística para o interior do país. “Não estão em Lisboa, não estão no Porto,” destacou Ferreira, apontando que os geoparques portugueses têm um grande potencial para dispersar os fluxos de turistas para regiões que necessitam dessa dinâmica, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento responsável.

Outro objectivo do fórum foi atrair o interesse do turismo brasileiro para os geoparques portugueses. “Estamos interessados em levar brasileiros para Portugal para conhecerem também os geoparques portugueses,” sublinhou Teresa Ferreira.

O fórum também estabeleceu o compromisso de Portugal sediar, em 2026, o segundo Fórum Geoparques Mundiais da Unesco de Língua Portuguesa.

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