O Presidente de Angola e em exercício da União Africana (UA), João Lourenço, reuniu-se esta Quarta-feira, 24, com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Nova York, Estados Unidos da América.
O encontro, segundo uma nota da Presidência da República, teve lugar no edifício sede da Organização das Nações Unidas em Nova Iork, epicentro da diplomacia mundial ao longo desta “Semana do Segmento de Alto Nível” da Assembleia Geral correspondente a este ano, o da comemoração do 80º Aniversário da maior organização multilateral do planeta, a ONU.
O presidente de Angola, João Lourenço, discursou, na Terça-feira, no debate de líderes internacionais na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Na sua intervenção, defendeu o reforço do papel da ONU como fórum de diálogo global, destacou a urgência da solidariedade internacional no combate à fome e às mudanças climáticas, e sublinhou o contributo de Angola para a paz em regiões como o Sahel, o Sudão e o leste da República Democrática do Congo.
“No contexto incerto em que estamos a celebrar o octogésimo aniversário da ONU, o tema Melhores Juntos, 80 anos e mais, para paz desenvolvimento e os direitos humanos ganha uma dimensão que nos convida a refletir sobre o significado profundo do apelo da Sra. presidente da Assembleia Geral à renovação do multilateralismo e da ação solidária, dentro de um quadro de ações comuns e complementares, executadas por uma organização da ONU mais ágil, eficaz e responsável, tal como concebido no roteiro Iniciative 80 do secretário-geral”.
João Lourenço recordou a fundação das Nações Unidas e afirmou que a organização deve ser revitalizada para responder aos desafios contemporâneos. Disse que “a escolha que temos diante de nós é clara: preservar a paz ou enfrentar a guerra com todas as suas consequências”.
Para o presidente angolano, a ONU deve retomar o papel ativo que desempenhou em momentos críticos da história, superando divisões entre grandes potências e recuperando a autoridade moral para chamar à ordem Estados que violem o direito internacional.
Lourenço afirmou que “os africanos conhecem melhor do que ninguém o valor da paz, porque vivem diariamente o peso da insegurança sobre o desenvolvimento, a saúde e a educação”.
O chefe de Estado sublinhou que Angola tem procurado dar uma “contribuição honesta e genuína” para a resolução de crises africanas.