PR de Moçambique pede conversão da dívida dos países africanos

Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou esta semana, em Washington, à disponibilidade dos países mais desenvolvidos para converterem dívida dos países africanos em investimentos no clima, já que estes países são os que menos poluem e mais consequências enfrentam. “Moçambique, como muitos países africanos, tem estado entre os que menos têm contribuído para as mudanças…
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Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou, em Washington, à disponibilidade dos países mais desenvolvidos para converterem dívida dos países africanos em investimentos no clima.
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Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou esta semana, em Washington, à disponibilidade dos países mais desenvolvidos para converterem dívida dos países africanos em investimentos no clima, já que estes países são os que menos poluem e mais consequências enfrentam.

“Moçambique, como muitos países africanos, tem estado entre os que menos têm contribuído para as mudanças climáticas, mas está entre os que mais sofrem dos seus efeitos negativos, como secas mais longas (…) cheias mais intensas e ciclones frequentes que contribuem para o aumento da insegurança alimentar, escassez de água e a deslocação de pessoas em grande escala”, alertou Filipe Nyusi, ao encerrar a Conferência Internacional sobre o Maneio Sustentável e Integrado da Floresta do Miombo.

Nesta conferência internacional na capital norte-americana, os 11 países da África austral que integram a Floresta do Miombo adoptaram uma Compromisso para a defesa daquela área, a qual prevê um fundo a sediar em Moçambique.

A Floresta de Miombo cobre dois milhões de quilómetros quadrados e garante a subsistência de mais de 300 milhões de habitantes, constituindo o maior ecossistema de florestas tropicais secas do mundo, enfrentando actualmente, entre outros, problemas de desflorestação.

O chefe de Estado avançou que no âmbito de conservação ambiental, Moçambique “já mapeou 64 projectos de redução de emissões” e pretende “que o sector privado participe activamente no desenvolvimento de projectos de carbono em floresta, agricultura e outros usos de terra, energia, indústria e gestão de resíduos”.

É expectativa de Moçambique “que a cooperação procure sensibilizar diferentes setores sobre as modalidades mais justas que permitam a transformação da dívida dos países em financiamento climático, para libertar recursos nacionais para poderem ser investidos em programas de conservação do ambiente”, apontou Filipe Nyusi, citado pela Lusa, recordando que se um corpo tem dois pulmões, a Floresta do Miombo aparece junto com a Floresta da Amazónia para o planeta.

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