O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, destacou esta semana a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) como um dos pilares estratégicos do desenvolvimento nacional e regional, ao intervir nas celebrações dos 50 anos da criação da empresa, na vila de Chitima, província de Tete.
“É com muita satisfação e profundo sentido de responsabilidade e patriotismo que nos juntamos aqui […] para celebrar os 50 anos da criação da nossa Hidroeléctrica de Cahora Bassa, diga-se, ‘O Orgulho de Moçambique’”, disse.
Associada às comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, a efeméride homenageia uma das maiores realizações infra-estruturais de Moçambique.
O chefe do Estado sublinhou que a HCB não é apenas uma fonte de energia, mas também “gera esperança, dignidade e progresso para milhões de moçambicanos.
Realçou ainda o papel da empresa como fornecedor crucial de energia para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), destacando o reconhecimento obtido na recente conferência da Southern Africa Power Pool (SAPP).
Durante a cerimónia, o Presidente da República instou a HCB a continuar os seus investimentos na modernização do parque electroprodutor e na diversificação da matriz energética nacional.
“Devem consolidar o seu papel no desenvolvimento energético de Moçambique e adoptar estratégias com vista a potenciar o valor energético e activo do empreendimento para a transformação industrial e independência económica deste nosso belo Moçambique”, afirmou.
O Presidente Chapo revisitou os marcos históricos da empresa, desde a sua criação em 1975 até à reversão da maioria do capital para o Estado moçambicano em 2007 e a entrada na Bolsa de Valores de Moçambique em 2019.
Destacou ainda que em 2024 a HCB obteve lucros recorde de 14,1 mil milhões de meticais, contribuindo significativamente para o Orçamento do Estado e para os seus accionistas.
Entre os feitos mais emblemáticos, o governante sublinhou o facto de a HCB empregar actualmente cerca de 1.400 trabalhadores moçambicanos. “O que há algumas décadas parecia impensável […] é hoje uma realidade viva, construída com competência, responsabilidade, dedicação e elevado sentido de patriotismo”, frisou.
Para o Presidente moçambicano, esse feito é sinónimo de “emancipação plena” e expressão da capacidade dos moçambicanos de liderar grandes empreendimentos.
Num tom de exaltação, o chefe do Estado afirmou que “Cahora Bassa não é apenas uma barragem. É um legado, uma ideia de futuro, uma declaração de que Moçambique e moçambicanos são capazes”.
Reiterou o compromisso do Governo com o apoio à empresa, destacando a sua importância como exemplo de soberania energética, responsabilidade social e excelência técnica.
O Presidente da República destacou várias acções de responsabilidade social da HCB, como o compromisso de resolver problemas de abastecimento de água na vila de Chitima e o apoio à educação infantil no distrito de Cahora Bassa.
“As crianças de todo o distrito […] vão passar a sentar nas carteiras, não teremos mais nenhuma criança sentada no chão […] graças à HCB”, anunciou.
O estadista apelou a outras empresas públicas e privadas a seguirem o exemplo da HCB no que respeita à responsabilidade social.
“O Estado, sozinho, não pode fazer tudo, mas juntos, Estado, sector privado e as comunidades locais, temos a obrigação moral e patriótica de construir um Moçambique mais forte”, declarou.
Anunciou ainda que a HCB vai construir um hospital na vila de Chitima ainda este ano. No fim, Daniel Chapo felicitou os trabalhadores da empresa e o povo moçambicano pelo cinquentenário da HCB e da Independência Nacional.