O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, insistiu esta semana que quer ver esclarecida a inclusão do seu nome no contrato de concessão de serviços do Porto de São Tomé à empresa francesa África Global Logistic, que levou à demissão do ex-ministro das Infra-estruturas.
“A questão do nome que de facto foi onde mais me incomodou […] ela tem que ser esclarecida”, disse Carlos Vila Nova.
O texto do acordo assinado pelo ex-ministro da infra-estruturas, Adelino Cardoso, refere que o Presidente da República, Carlos Vila Nova, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e a Enaport “reconhecem a necessidade de modernizar e gerir o porto e identificaram o operador, a empresa francesa AGL, como o melhor candidato para realizar o projecto”.
O primeiro-ministro são-tomense disse na semana passada que o acordo “tem questões de insuficiências que têm que ser esclarecidas” e erros que o Governo está a analisar, assegurando que o contrato “não existe juridicamente”.
Patrice Trovoada assegurou que o ex-ministro das infra-estruturas, Adelino Cardoso, que se demitiu, recentemente, após polémicas sobre o contrato, “teve o aval para assinar esse acordo no quadro de um termo de referência que era preciso obter”, mas “no termo de referência alguma coisa fugiu”.
O chefe do Governo disse esperar que haja responsabilidade, mas recusou reagir às declarações do presidente do sindicato dos trabalhadores da Enaport, segundo as quais o primeiro-ministro terá dito que o ex-ministro das infra-estruturas, Adelino Cardoso, incluiu clausulas no contrato à revelia.
O Presidente da República, citado pela Lusa, sublinhou que não quer “de maneira nenhuma ilibar quem quer que seja” e insistiu que “há erros que foram cometidos”, por isso vai acompanhar o processo de revisão anunciada pelo primeiro-ministro até o contrato final.





