Presidente da União Africana defende reforço da integração económica no continente

O Presidente da União Africana, João Lourenço, defende reforço da integração económica em África e apoio às gerações mais jovens na sua aspiração a um futuro mais digno, reconhecendo que no plano socioeconómico, o continente está a fazer tudo o que está ao seu alcance para enfrentar o desafio do desenvolvimento inclusivo num contexto mundial…
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Numa mensagem por ocasião do Dia de África, João Lourenço realçou a questão da paz e da segurança, tendo em conta a preocupação que muitas regiões do continente continuam a viver situações de instabilidade devido ao terrorismo transnacional e ao extremismo violento, aos conflitos armados e às tensões intercomunitárias, entre outros fenómenos nefastos.
Economia

O Presidente da União Africana, João Lourenço, defende reforço da integração económica em África e apoio às gerações mais jovens na sua aspiração a um futuro mais digno, reconhecendo que no plano socioeconómico, o continente está a fazer tudo o que está ao seu alcance para enfrentar o desafio do desenvolvimento inclusivo num contexto mundial incerto.

Numa mensagem por ocasião do Dia de África, o também Presidente de Angola, realçou a questão da paz e da segurança, tendo em conta a preocupação que muitas regiões do continente continuam a viver situações de instabilidade devido ao terrorismo transnacional e ao extremismo violento, aos conflitos armados e às tensões intercomunitárias, entre outros fenómenos nefastos.

“Estamos particularmente preocupados com as pessoas que vivem em zonas de conflito, frequentemente forçadas a fugir das suas casas, tornando-se em deslocados internos ou refugiados em países vizinhos e a quem é negada a vida com um futuro seguro”, disse.

Apesar disso, segundo João Lourenço, sobressaem ainda vários desafios como o desemprego dos jovens, o acesso limitado à educação, à saúde e à habitação, a insuficiência de infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento, nomeadamente estradas, caminhos de ferro, portos, aeroportos, fontes de produção e transportação de energia e, consequentemente, uma muito baixa taxa de industrialização dos países, a dependência de economias pouco diversificadas e os efeitos das mudanças climáticas, como obstáculos à consecução de uma prosperidade sustentável no continente.

O líder da União Africana acresceu a dívida crescente de certos países e a sua vulnerabilidade aos choques externos, as crises sanitárias ou as perturbações económicas mundiais, que no seu conjunto acentuam as desigualdades e a fragilidade social.

“Não obstante os desafios que temos pela frente, mantemos uma fé inabalável no futuro de África, que hoje mais do que nunca encarna um continente de esperança e optimismo, impulsionado por uma juventude dinâmica, por recursos naturais abundantes e por uma criatividade constantemente renovada. Todas as nossas esperanças numa África cada vez mais capaz de responder às necessidades dos seus povos, de resolver os problemas essenciais e criar condições de vida prósperas, provêm do facto de possuirmos uma imensa população jovem, que compõe um capital humano único, capaz de inovar, de transformar as economias locais e ajudar o nosso continente e a humanidade a enfrentar os grandes desafios do século XXI”, referiu.

Diariamente, precisou João Lourenço, sectores como as tecnologias digitais, as energias renováveis, a agricultura sustentável e a indústria cultural revelam o potencial de África para se reinventar, criar valor e contribuir activamente para a economia mundial.

“Este olhar sobre um futuro próspero assenta também numa crescente consciência colectiva da necessidade de integração, de governação responsável e de desenvolvimento endógeno.

É por isso que, no presente ano, optámos por pôr em marcha iniciativas no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana – ZCLCA, a realização de uma grande conferência sobre infra-estruturas como factor de desenvolvimento em África e outras que contribuam para a dinamização de políticas de desenvolvimento do nosso continente”, reforçou.

África, considerou, não quer continuar a ser apenas um continente à espera de apoio, mas sim um actor estratégico em construção, que oferece soluções para si próprio e para o mundo.

“Ao olharmos para o futuro nesta data que hoje celebramos, tenhamos presente o compromisso de servir o desígnio de um continente livre, próspero e unido. Celebrar África significa renovar a nossa fé no seu potencial e capacidade de superar as adversidades, de afirmar a nossa responsabilidade colectiva e reforçar o nosso empenho numa cooperação sincera, respeitosa e ambiciosa”, reforçou.

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