Pressão económica atira confiança das famílias cabo-verdianas para nível mais baixo

As famílias cabo-verdianas, que constituem os consumidores principais do mercado do país, manifestaram-se contra a sua actual situação económica e do país, com o nível de confiança ao mercado a cair no terceiro trimestre deste ano para níveis mais baixo, indicam os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com o INE,…
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Órgão estatístico oficial do país aponta que situação se deve à degradação das condições económicas das famílias e do país, quadro que, nos últimos tempos, têm vindo a piorar, com a pandemia na base.
Economia

As famílias cabo-verdianas, que constituem os consumidores principais do mercado do país, manifestaram-se contra a sua actual situação económica e do país, com o nível de confiança ao mercado a cair no terceiro trimestre deste ano para níveis mais baixo, indicam os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o quadro verificado no terceiro trimestre deste ano contraria uma tendência ascendente dos três trimestres anteriores. Ou seja, o indicador de confiança no consumidor contrariou a tendência ascendente dos três últimos trimestres, realçando o diminuir da confiança das famílias cabo-verdianas.

Desde o terceiro trimestre de 2020 que o indicador de confiança vinha aumentando em Cabo Verde, depois de uma queda acentuada desde os primeiros três meses de 2019. Mesmo situando abaixo da média da série, de Julho a Setembro, o referido indicador de confiança evoluiu favoravelmente face ao mesmo período do ano 2020, ainda de acordo com os dados do INE.

“Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação económica atual e a evolução do desemprego no país para os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo”, explicou aquele instituto cabo-verdiano.

Questionadas sobre a sua situação presente e passada, as famílias inquiridas responderam que nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram negativamente relativamente ao trimestre homólogo. “Na opinião dos inquiridos, os preços de bens e serviços diminuíram e o desemprego no país diminuiu relativamente ao mesmo período do ano 2020”, avançou o INE.

Em relação à poupança, a maior parte (86,2%) dos inquiridos considerou que no terceiro trimestre de 2021, a situação económica do país não permite poupar dinheiro, um aumento ligeiro relativamente ao trimestre homólogo, que foi de 77,4%. “De realçar que 12,5% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 8,6%, apresentando um acréscimo de 3,9 pontos percentuais”, aponta o mesmo documento.

Para o futuro, as famílias cabo-verdianas afirmaram que nos próximos 12 meses tanto a situação financeira como a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo. “Para as famílias inquiridas, o desemprego deverá manter a tendência de diminuição e os preços manterão no mesmo face ao trimestre homólogo”, referiu o INE.

Quanto à intenção de comprar carro nos próximos 12 meses, 79 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta de que não tencionam fazer esse negócio nos próximos dois anos.

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