Private Equity gera fortuna de mais de 150 mil milhões USD a 22 personalidades mais ricas dos EUA

Expressivos 153,7 mil milhões de dólares foi a fortuna arrecadada por 22 multimilionários norte-americanos com os investimentos em private equity, modalidade de investimento na qual uma gestora de activos compra pare de uma outra empresa em ascensão. Criados nos Estados Unidos da América na década de 1980, o objectivo dos investidores/empresas ao se lançarem neste segmento…
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Apesar da pandemia, há quem tenha entrado em 2020 a ganhar. É o caso de 22 multimilionários, listados na FORBES 400 deste ano, como os que mais lucraram em iniciativas de private equity.
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Expressivos 153,7 mil milhões de dólares foi a fortuna arrecadada por 22 multimilionários norte-americanos com os investimentos em private equity, modalidade de investimento na qual uma gestora de activos compra pare de uma outra empresa em ascensão. Criados nos Estados Unidos da América na década de 1980, o objectivo dos investidores/empresas ao se lançarem neste segmento é tornarem-se sócios/as no negócio e alavancar o valor da companhia.

Apesar da pandemia da Covid-19, que resfriou o desempenho operacional de várias empresas em todo mundo, houve investidores de sectores específicos da actividade económica que entraram em 2020 a somar riqueza. É o caso dos 22 multimilionários seleccionados este ano pela FORBES 400.

Organizados por ordem decrescente dos patrimónios absorvidos, a lista dos 22 mais ricos dos Estados Unidos da América (EUA) é liderada pelo chairman e Chief Executive Officer (CEO) da Blackstone Group, Stephen Schwarzman, com um património líquido de 37,4 mil milhões de dólares.

De acordo com a cronologia dos investimentos de Schwarzman, o gestor fundou a Blackstone originalmente como uma prestadora de serviços de consultoria em fusões e aquisições em 1985. Mais tarde, a firma torna-se na maior empresa de aquisições do mundo, com activos líquidos da ordem dos 684 mil milhões de dólares.

Na FORBES 400 deste ano, Schwarzman ocupa a 19ª posição, depois do seu património líquido individual ter crescido quase 96% em relação a 2020, graças ao aumento de 116% das ações da Blackstone.

Logo a seguir de Schwarzman está Leon Black, ex-presidente e CEO da empresa de private equity Apollo Global Management, companhia que gere mais de 470 mil milhões de dólares. Black entra para a segunda posição com um património líquido de 9,9 mil milhões de dólares

Leon Black, que é detentor de 23% da Apollo, deixou a companhia em Março de 2021 depois de uma investigação do conselho ter descoberto que o então gestor tinha pago 158 milhões de dólares a Jeffrey Epstein, um falecido financeiro acusado de tráfico sexual em 2019.

Na vasta lista dos que mais ganharam com o private equity aparecem nas posições imediatas dois co-fundadores da gigante Kohlberg Kravis & Roberts (KKR), nomeadamente George Roberts e Henry Kravis, com fortunas avaliadas em 9 mil milhões de dólares e 8,5 mil milhões de dólares, respectivamente.

Ligados por laços familiares, George Roberts e Henry Kravis são primos e começaram a KKR ao lado do seu mentor, Jerome Kohlberg, em 1975, pelo que vieram a ser conhecidos por suas agressivas aquisições alavancadas. Depois de abrir o capital em 2010, a KKR agora gere cerca de 429 mil milhões de dólares em activos.

O cálculo das fortunas dos magnatas norte-americanos do private equity do FORBES 400 de 2021, foi feito usando os preços das acções de 3 de Setembro último.

A fechar o lugar número cinco do ranking está o investidor Robert F.Smith, dono de um património líquido de 6,7 mil milhões de dólares. Smith fundou a empresa de private equity Vista Equity Partners em 2000.

Com cerca de 77 mil milhões de dólares em activos, a Vista é uma das firmas do sector com o melhor desempenho, com retornos anuais de 22% desde que abriu as portas. Segundo o histórico sobre a actividade daquela empresa de gestão de activos disponível, a companhia compra, normalmente, empresas de software com baixo desempenho e as transforma.

Também do seu histórico consta que, já em Outubro de 2020, Smith fechou um acordo com o Departamento de Justiça e Receita Federal dos EUA, no qual pagou um recorde de 139 milhões de dólares pelo seu papel em um esquema de evasão fiscal.

A posição cinco do ranking não pertence só ao investidor Robert F.Smith. A partilhar o posto com esse negociador nato, está Michael Kim, co-fundador da MBK Partners, empresa de private equity sediada em Seul. A empresa gere mais de 20 mil milhões de dólares em activos e é conhecida pela sua aquisição da Homeplus, operação coreana da Tesco, por 6,1 mil milhões de dólares, em 2015, naquele que é considerado o maior negócio deste segmento no país até hoje. Kim nasceu na Coreia do Sul, mas cresceu nos Estados Unidos e hoje é cidadão norte-americano.

A lista dos mais ‘endinheirados’ nos negócios de private equity não fecha aqui. Entre os estreantes da FORBES 400 deste ano estão Scott Shleifer, Ramzi Musallam e Behdad Eghbali, que valem 5 mil milhões de dólares, 4 mil milhões de dólares e 3,4 mil milhões de dólares, respectivamente.

Da sua ‘folha de serviço’, consta que Shleifer ajudou a fundar o braço de private equity da Tiger Global em 2003, e, actualmente, é gerente da divisão. Já Musallam, tornou-se CEO da Veritas Capital em 2012, e, desde então, viu o valor dos seus activos aumentarem de 2 mil milhões de dólares para consideráveis 30 mil milhões de dólares.

Por sua vez, Eghbali foi co-fundador da Clearlake Capital, firma que se tornou conhecida em 2006 pelos seus altos retornos e que agora gere cerca de 24 mil milhões de dólares.

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