O processo de eleição do novo Papa iniciou esta Quarta-feira, 07, com a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, presidida pelo cardeal decano Giovanni Battista Re, na Basílica de São Pedro.
Segundo uma nota do Vaticano, o rito solene reuniu milhares de fiéis, que já vivem a expectativa pela escolha do Sucessor de Pedro.
Em sua homilia, o decano exortou os presentes à oração confiante, à escuta atenta do Espírito Santo e ao cultivo da comunhão fraterna.
Giovanni Battista Re destacou o peso espiritual do momento e a gravidade da responsabilidade confiada aos cardeais eleitores.
“Rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um acto de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um acto humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade”, disse.
“Entre as tarefas de cada Sucessor de Pedro está a de promover a comunhão: comunhão de todos os cristãos com Cristo, dos bispos com o Papa, e entre os próprios bispos. Não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a união entre as pessoas, os povos e as culturas, sempre com o objectivo de que a Igreja seja ‘casa e escola de comunhão’. Além disso, há um forte apelo à manutenção da unidade da Igreja, conforme o caminho indicado por Cristo aos Apóstolos. A unidade da Igreja, desejada por Cristo, não significa uniformidade, mas uma comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se mantenha a plena fidelidade ao Evangelho”, elencou.
“A eleição do novo Papa não é uma simples sucessão de pessoas, mas é sempre o Apóstolo Pedro que retorna”, afirmou Re, reiterando que o Papa “é a rocha sobre a qual a Igreja é edificada” (cf. Mt 16,18).
Referindo-se ao local onde os cardeais expressarão seu voto, o decano referiu que “os cardeais eleitores expressarão seu voto na Capela Sistina, onde, como diz a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado.
