A produção de alumínio na Mozal, maior indústria moçambicana, aumentou 13% num ano, recuperando totalmente da instabilidade pós-eleitoral no país, quando a fundição, a segunda maior em África, admite parar, sem acordo para fornecimento de electricidade.
De acordo com uma informação aos mercados da australiana South32, que detém 63,7% daquela unidade, nos arredores de Maputo, a produção de alumínio para venda aumentou para 355 mil toneladas no ano fiscal terminado em Junho e as vendas cresceram 8%, para 351 mil toneladas.
“A fundição concluiu o plano de recuperação operacional e operou próximo à capacidade nominal no trimestre terminado em Junho de 2025, tendo administrado com sucesso os impactos da agitação civil [pós-eleitoral] em Moçambique”, lê-se na mesma informação, que alerta para a continuidade da operação, por não ter garantias de um novo acordo de fornecimento de electricidade.
O Presidente moçambicano afirmou na Segunda-feira que as tarifas de energia propostas pela Mozal, levariam ao colapso da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), rejeitando a ameaça de encerramento da unidade de fundição de alumínio em 2026.
“O que nós estamos neste momento a fazer é defender o interesse nacional e os interesses do povo moçambicano. Nós não podemos, temos uma responsabilidade acrescida como Governo, não podemos aceitar tarifas que vão levar a HCB a subsidiar a Mozal e colapsarmos a HCB, que é a nossa galinha de ovos do ouro”, afirmou Daniel Chapo, citado pela Lusa.