Quase 150 artistas e colectivos de mais de dez países na X Bienal de São Tomé e Príncipe 

Quase 150 artistas individuais e colcetivos, incluindo 11 portugueses, participam na 10.ª bienal de artes e cultura de São Tomé e Príncipe, de 25 de Junho a 25 de Julho. O evento, sob o lema “A (re)descoberta de nós”, organizado desde 1995 pela Associação Roça Mundo, coordenado pelo promotor cultural João Carlos Silva, terá lugar…
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Quase 150 artistas individuais e colectivos, incluindo 11 portugueses, participam na 10.ª bienal de artes e cultura de São Tomé e Príncipe, de 25 de Junho a 25 de Julho.
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Quase 150 artistas individuais e colcetivos, incluindo 11 portugueses, participam na 10.ª bienal de artes e cultura de São Tomé e Príncipe, de 25 de Junho a 25 de Julho.

O evento, sob o lema “A (re)descoberta de nós”, organizado desde 1995 pela Associação Roça Mundo, coordenado pelo promotor cultural João Carlos Silva, terá lugar na antiga colonial, Roça Água Izé, e pretende promover os patrimónios naturais históricos e culturais do arquipélago, cumprindo o desígnio “de reaproximação de povos e culturas e artistas da sub-região em solo são-tomense”, segundo uma nota da organização.

“Nós queremos dar o nosso contributo através da arte e da cultura, mas através da transformação e da produção, através da criação de emprego, através da internacionalização dos artistas são-tomenses, cada vez mais, e através também da possibilidade cruzada, interligada, articulada da formação dos ofícios”, sublinhou o coordenador da bienal.

Numa apresentação promovida na Terça-feira, João Carlos Silva acrescentou que pretende “ter uma escola de artes e ofícios fora da cidade, na roça Água Izé” e ainda “um centro de produção e transformação de material orgânico e associado ao lixo” para “fazer objetos decorativos e utilitários”.

Através do tema “A (re)descoberta de nós – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro” a X Bienal pretende ainda promover a reflexão sobre o percurso do país que completará 50 anos de independência em 12 de julho de 2025.

“Cinquenta anos depois nós temos que nos indignar, o direito à indignação, eu falava numa entrevista há dias, até a descolonização mental, que às vezes as pessoas interpretam mal, não tem nada a ver com português ou com a Maria ou a Francisca. Não. Nós temos que mudar o nosso chip porque senão ninguém nos leva a sério. Cinquenta anos depois, nós ainda estamos a queixar-nos de quê? A quem?”, indagou.

João Carlos Silva, apontou que além de celebrar e promover a arte e a cultura a bienal será também uma oportunidade de “provocação às autoridades”, “para que haja políticas sectoriais” em prol das artes e cultura e o combate à pobreza que quer que seja pelos são-tomense e não apenas pelos perceiros internaconais.

Segundo a organização do evento, diz a Lusa, a X Bienal contará com a participação de artistas e colectivos de mais de uma dezena de países, nomeadamente de Cabo Verde, Togo, Gabão, RDC, França, Portugal, Holanda, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe, Inglaterra e Brasil.

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