O CEO do Seguro de Desenvolvimento de Comércio e Investimento Africano (ATIDI), Manuel Mose, informou esta Quinta-feira, 19, em Luanda, que as receitas da instituição para os 24 Estados membros aumentaram para 158,9 milhões de dólares em 2024.
Segundo Manuel Mose, que discursava na 25ª Assembleia Geral Anual, sob o lema “Transformar o risco em oportunidade, assegurar um futuro sustentável”, as receitas de investimento alcançaram 29,8 milhões de dólares que são um indicador das receitas do mercado da ATIDI.
“Temos resultados dos serviços de seguro onde alcançamos cerca de 34,7 milhões de dólares, os nossos rendimentos reduziram a 14% para 59,5 milhões, contudo estes resultados refletem o nosso compromisso, ATIDI continua comprometido com os seus clientes mesmo em situações de dificuldade”, assegurou o CEO da instituição.
Manuel Mose avançou que fortaleceram o capital em 13% e têm 791,6 milhões de dólares que estão distribuídos em diferentes Estados-membros das suas organizações.
Entretanto, referiu ainda que têm um total de exposição que diminuiu a 7% por conta da gestão de portfólio que alguns clientes, não puderam aderir.
“Este ano ATIDI também recebeu alguns reconhecimentos. Nós recebemos premiações em Abidjan, e isto é graças aos nossos esforços e a vossa colaboração que nós podemos receber estes reconhecimentos”, sublinhou.
Por outro lado, o responsável da instituição enfatizou que enquanto tornam os riscos em oportunidades, decidiram lançar o Programa de Partilha de Risco do Portfólio (PORSA).
O programa, explicou, é uma iniciativa conjunta com o Banco de Desenvolvimento e a União Africana, visando fortalecer pequenas e médias empresas (PMEs) em África. O programa funciona como uma facilidade de garantia, proporcionando apoio financeiro e técnico para ajudar as PMEs a crescer e se desenvolver.
“O PORSA faz parte dos esforços da ATIDI para promover a inovação financeira, o empoderamento de PMEs e o desenvolvimento sustentável em África. Com isto, ajudamos as PMEs a crescerem de forma inovativa e estimular o comércio africano, contribuindo para uma economia vibrante e sustentável.”, acrescentou Mose.
Esta iniciativa, realçou, fala do compromisso da ATIDI para o crescimento inclusivo e parceria com instituições financeiras para melhorar o acesso a pequenas e médias empresas, especialmente para sectores vulneráveis como mulheres que trabalham no sector da agricultura.
De acordo com Manuel Mose, para além de apoiar as PMEs, a ATIDI também apoia a integração regional e trocas comerciais transfronteiriças através de alfândegas e o RCTG ou Esquema de Garantia de Trânsito Aduaneiro Regional do COMESA, que é um esquema apoiado pela instituição para facilitar o comércio e o investimento em África.
O RCTG, explicou, visa simplificar o fluxo comercial ao abrigo da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), sendo que o foco principal da ATIDI tem sido a evolução da organização de um conceito para um catalisador de desenvolvimento, com especial destaque para a facilitação do comércio e do investimento em África.
Angola acolhe em Luanda, até o dia 21 deste mês, a 25ª Assembleia Geral Anual da ATIDI. Trata-se de um encontro que reúne representantes de alto nível de mais de 24 Estados-membros, 13 accionistas institucionais, instituições financeiras de desenvolvimento e parceiros estratégicos para reflectir sobre o progresso, reforçar parcerias e moldar o futuro da organização.
