Cerca de 6 mil empresas do ramo da agricultura, pecuária, aquicultura e pescas é quanto o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de Angola ainda tem por registar, no âmbito do Recenseamento Agro-pecuário e Pescas (RAPP), em curso desde o ano passado, segundo avançou esta semana à imprensa a directora-geral da instituição, Chaney Rosa John.
A responsável que falava no final do acto que marcou o lançamento oficial da quarta e última fase do processo, precisou que até ao momento o RAPP 2020-2021 registou um total de 3.280 unidades primarias de amostragem.
“Nós tivemos a listagem aos agregados familiares, tivemos a segunda fase que consistiu na listagem do modo voluntário ou a listagem comunitária, tivemos muito recentemente a terceira fase que foi das explorações aos agregados familiares – recolha censitária, e agora estamos na quarta e última etapa, que é das explorações empresárias”, detalhou Cheney John.
Com o RAPP, o INE pretende conhecer a estrutura dos sectores da agricultura, pecuária e pescas, de forma a dinamizar a economia local. “O país vai conhecer quantos produtores agrícolas, pecuários e aquícolas existem, onde estão localizados e quais são as dificuldades que ainda enfrentam para a realização das suas actividades”, esclarece.
A quarta fase, virada apenas ao sector empresarial, será realizada em todas as províncias e municípios do país e decorrerá até ao próximo mês de Setembro. Para o efeito, mais de 120 mil técnicos foram formados pelo Instituto Nacional de Estatística.
A também coordenadora do RAPP aproveitou a ocasião para lançar um repto sobre a importância da adesão e mobilização dos empresários a volta do recenseamento, dando nota que, “a recolha deve ser feita de forma coerente, actual, consistente e harmonizada, visando a conformidade com a estrutura estatística, económica e sociodemográfica do país, salvaguardando assim o princípio da comparabilidade estatística”.
O recenseamento agro-Pecuário e Pescas é o primeiro censo de recolha, processamento e disseminação de dados dessas três áreas no pós-independência. De âmbito nacional, de Angola. terá extensão nacional. Coordenado pelo INE, tem como órgãos coadjuvantes os Ministérios da Agricultura e das Pescas e, ainda, o apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (FAO).