O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, terminou na última Sexta-feira (17 de Maio) uma visita de trabalho de três dias ao Ruanda para o reforço da “cooperação bilateral”, com a situação da TotalEnergies e a movimentação do Ruanda como cordão de segurança para a região de Cabo Delgado como principais assuntos.
A falar a DW, o analista moçambicano Wilker Dias classificou a visita como “estratégica” já que visa discutir o ponto de situação na vertente do combate ao terrorismo em Cabo Delgado, numa altura em que os ataques voltaram em algumas áreas onde havia soldados da SAMIM (Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique) e se olha para o Ruanda como umas principais alternativas para poder ocupar aqueles espaços vazios e automaticamente também como o principal fazedor do cordão de segurança.
Além da questão mais política, o encontro entre os Presidentes da República de Moçambique e do Ruanda é também um bom pretexto para alinhar estratégias e dar garantias de segurança e de continuidade “a francesa Total que está a realizar um investimento considerável em Moçambique”, disse o especialista, que recordou o fim de mandado do Presidente moçambicano e a participação do CEO da francesa TotalEnergies, Patrick Pouyanné, no encontro entre os líderes africanos.