São Tomé e Príncipe reduz preço dos combustíveis pela quarta vez e pressiona baixa nos transportes

O Governo de São Tomé e Príncipe voltou a reduzir os preços dos combustíveis, pela quarta vez consecutiva este ano, numa medida sustentada pela aquisição de produtos petrolíferos “a preços muito mais competitivos” no mercado internacional. A expectativa do Executivo é que a descida produza efeitos imediatos nos custos de transporte no arquipélago, um dos…
ebenhack/AP
O Executivo são-tomense anunciou uma nova descida dos combustíveis, reforçando a estratégia de repassar directamente ao consumidor os ganhos obtidos no mercado internacional.
Economia

O Governo de São Tomé e Príncipe voltou a reduzir os preços dos combustíveis, pela quarta vez consecutiva este ano, numa medida sustentada pela aquisição de produtos petrolíferos “a preços muito mais competitivos” no mercado internacional. A expectativa do Executivo é que a descida produza efeitos imediatos nos custos de transporte no arquipélago, um dos sectores mais sensíveis à volatilidade energética.

O anúncio foi feito esta semana pelo ministro de Estado da Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, que recordou que, quando o Governo tomou posse em Janeiro, a gasolina era vendida a 37 dobras (1,49 euros), o gasóleo a 35 dobras (1,41 euros) e o petróleo a 21 dobras (0,84 euros).

Com a nova actualização, os preços descem para 28 dobras (1,13 euros) no caso da gasolina, 27 dobras (1,09 euros) no gasóleo – corrigindo o valor divulgado – e 18 dobras (0,72 euros) no petróleo iluminante.

“É a primeira vez que qualquer governo, seja qual for, consegue reduzir os combustíveis mais de uma vez num ano”, afirmou Guadalupe, citado pela Lusa. O governante explicou que, em vez de absorver a margem resultante da redução dos custos internacionais, o Estado decidiu repassá-la directamente aos consumidores, numa lógica de alívio económico para as famílias e para o sector dos transportes.

O governante transmitiu a actualização de preços directamente às associações de taxistas e de motoqueiros (mototáxis), actores centrais na mobilidade urbana, e solicitou sensibilidade para a revisão das tarifas praticadas. Segundo Guadalupe, os representantes comprometeram-se a discutir o tema internamente e a apresentar propostas.

Relativamente à associação dos taxistas, o Governo e os operadores concordaram em trabalhar numa tabela tarifária de referência, de conhecimento público, que permita ajustar os preços das deslocações, sempre que houver alterações nos combustíveis — para cima ou para baixo — garantindo previsibilidade e transparência para os consumidores.

Mais Artigos