Após a conclusão da fase de construção e de testes, o Angosat-2, denominação do satélite angolano, será lançado em órbita, a partir do cosmódromo de Baikanur, no Cazaquistão, às 16 horas desta Quarta-feira, 12.
Com Alta Taxa de Transmissão de Dados (HTS, na sigla inglês), o Angosat-2 vai assegurar a cobertura total do território nacional e disponibilizar serviços de telecomunicações (telefonia, internet, telemedicina, teledifusão e radiodifusão).
Um comunicado publicado no website do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, especifica que o Angosat-2 será colocado na órbita geoestacionária a uma distância de cerca de 36.000 km da superfície da terra.
O equipamento, com um peso aproximado de duas toneladas, acrescenta, tem seis transponderes da banda C que asseguram também a cobertura de todo o continente africano e parte da Europa. Tem igualmente 24 feixes na banda Ku que cobre toda a região da África Austral (SADC) e um transponder na banda Ka.
O Angosat-2, deverá ter vida útil em órbita de 15 a 18 anos e, de acordo com o comunicado do GGPEN, tem uma capacidade de transmissão sete vezes maior que a do Angosat-1, que tinha 16 retransmissores na Banda C e seis na Banda KU.
Em termos de recursos humanos para a operação do satélite, foram formados e certificados pela empresa construtora cerca de 25 especialistas do GGPEN. As formações foram na vertente da arquitectura, desenho e funcionalidades da plataforma e carga útil, assim como foram passados conhecimentos práticos sobre a utilização dos softwares de operação.
O Angosat-2 surge em substituição do primeiro satélite de telecomunicações, Angosat-1 (lançado com sucesso ao espaço no dia 26 de Dezembro de 2017, às 20:00 de Angola, por meio de um veículo Zenit-3F/Fregat-SB, a partir do Cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão), mas que, apesar de estar em órbita, não apresentou os parâmetros para os quais foi construído.





