Um acordo de parceria entre a angolana Turaco Aviation e a Falcon AViation, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), vai permitir que as aeronaves detidas pelas duas corporações do sector da aviação civil transportem os trabalhadores e executivos do sector petrolífero que operam em Angola.
De acordo com fonte empresarial citada pela Lusa, o tratado custou as partes cerca de 56,4 milhões de dólares, verbas que deverão dar cobertura, entre outros, à compra de três aeronaves (helicópteros), sendo que a primeira das quais está já em Angola, desde a semana passada, e deverá entrar em funcionamento em janeiro de 2022.
“O nosso propósito é servir o sector petrolífero, visto que o nosso mercado é muito favorável para estas operações de offshore e, então, existindo poucos operadores e a Turaco sendo uma empresa recentemente criada, tivemos que procurar parceiros com uma vasta experiência nas operações offshore e a Falcon Aviation oferece este quesito”, afirmou Albano Costa, responsável da angolana Turaco Aviation.
Na prática, a parceria entre as duas empresas do sector da aviação civil já tinha sido feita em Janeiro deste ano. Aliás, Albano Costa avança mesmo que o memorando “não tem um limite de vigência”.
“Temos a primeira aeronave que chegou na passada Quarta-feira, 08, ao país e que deverá entrar já em funcionamento em janeiro [de 2022] tão logo terminemos o nosso processo de certificação, por ser a primeira do seu tipo, e prevemos receber uma segunda num período de 90 dias e por último adicionarmos uma terceira”, explicou.
Ao todo, já foram gastos mais de 50 milhões de dólares de investimento inicial, no âmbito desta parceria, de acordo com o diretor-geral da Turaco. Esse valor inclui os custos de cada helicóptero, avaliado em 10 milhões de dólares cada.
Segundo a estratégia do acordo, a empresa angolana deverá igualmente adicionar na sua frota aeronaves de asa rotativa e fazer também voos cargueiros internacionais, para a colheita de mercadorias em pontos do mundo para Angola e em trânsito.
Os executivos da Turaco Aviation e da Falcon Aviation defendem que o sector em que decidiram actuar “é muito atractivo e está em recuperação”, apesar do que designam por “existência de outros operadores” neste segmento petrolífero. “A parceria nesse domínio surge para responder à demanda uma vez que o mercado é vasto”, admitiram os sócios.
Assim, e face a estratégia montada, as duas operadoras entendem que o que as diferencia, em primeiro lugar, no mercado nacional angolano, é a experiência que a Falcon Aviation traz. “A Falcon já operou no Kuwait e em vários outros países, é reconhecida a nível mundial como uma das melhores nas operações de helicóptero para o sector petrolífero”, rematou Albano da Costa.
Fonte: Lusa





