Segunda plataforma flutuante de gás em Moçambique “é já uma coisa real” – Eni

O director-executivo da Eni disse nesta Quarta-feira, em Maputo, que é já uma realidade a segunda plataforma flutuante, Coral Norte, de produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, Moçambique, após aprovação do projecto pelo Governo. “A Coral Norte é o futuro, e o Presidente (...) trouxe notícias muito interessantes e importantes porque…
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Em declarações no final do encontro, o director-executivo adiantou também que a petrolífera italiana projecta avançar com investimentos na área de agronegócios, com enfoque para produção de biocombustíveis.
Economia

O director-executivo da Eni disse nesta Quarta-feira, em Maputo, que é já uma realidade a segunda plataforma flutuante, Coral Norte, de produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, Moçambique, após aprovação do projecto pelo Governo.

“A Coral Norte é o futuro, e o Presidente (…) trouxe notícias muito interessantes e importantes porque obtivemos a autorização para o plano de desenvolvimento, com todos os termos concordados. Isso significa que a Coral Norte é uma coisa real agora”, disse o director-executivo da petrolífera Eni, Cláudio Descalzi, após um encontro com o chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, em Maputo.

Em declarações no final do encontro, o director-executivo adiantou também que a petrolífera italiana projecta avançar com investimentos na área de agronegócios, com enfoque para produção de biocombustíveis, iniciativas que poderão criar oportunidades de emprego nas zonas rurais e impulsionar a integração do país na cadeia de valor da exploração de biomassas.

“Você produz um enorme número de trabalhos. Normalmente trabalhamos com 150 mil hectares e produzimos em torno de 130 mil toneladas por ano, mas essa quantidade de terra e produção de agricultura pode impactar em um nível de 120 mil” postos de trabalho, projectou o responsável da petrolífera.

“Se você está a trabalhar com 300 mil hectares, pode produzir cerca de 300 mil trabalhos. É uma revolução. E o Presidente está muito focado na agricultura, na criação de postos de trabalho”, acrescentou, reconhecendo que projectos de agricultura podem traduzir-se em mais emprego para os moçambicanos.

Moçambique tem três megaprojectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de GNL da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, incluindo um da TotalEnergies, ainda suspenso devido a questões de segurança, e outro da ExxonMobil, que aguarda decisão final de investimento, ambos na península de Afungi.

O único em produção, desde meados de 2022, diz a Lusa, é o operado pela Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, que, entretanto, avançou para uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira (Coral Sul) e designada Coral Norte, para aumentar a extração de gás.

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