O nono presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah, tomou posse nesta Segunda-feira, 01, em Abidjan, Costa do Marfim,
Numa manhã chuvosa, Sidi prestou juramento, assumindo a liderança da principal instituição financeira de desenvolvimento de África, sucedendo Akinwumi A. Adesina, que completou os seus dois mandatos.
O economista Ould Tah, de 60 anos idade, natural da República Islâmica da Mauritânia, foi eleito a 29 de Maio de 2025 com mais de 76% dos votos dos accionistas, a margem mais elevada para um presidente num primeiro mandato na história do banco.
O actual presidente do BAD delineou os seus quatro pontos cardeais, que incluem ouvir atentamente, lançar uma agenda de reformas aceleradas, aprofundar parcerias e acelerar soluções reais como as principais prioridades que irão orientar a sua presidência nos primeiros 100 dias de mandato.
Ould Tah reiterou que o banco será “atento, responsivo e capaz de definir prioridades que importam”. Observou que a instituição irá reforçar as parcerias, trabalhando em estreita colaboração com governos, o setor privado e parceiros internacionais, “para que, juntos, criemos um quadro financeiro que sirva África nos seus próprios termos”.
O presidente afirmou a sua intenção de organizar uma assembleia pública “nos próximos dias” para os funcionários do banco, que descreveu como “o recurso mais valioso da instituição”.
Visando um papel vital para o BAD como guia para um continente que enfrenta os desafios demográficos, tecnológicos e climáticos do século XXI, Ould Tah afirmou que “África deve olhar para o Norte, Sul, Leste e Oeste, não para imitar, mas para extrair sabedoria e força de todas as direcções, enquanto define o seu próprio rumo.
“Tal como um navegador guiado pela bússola, o Banco deve ajudar África a navegar pelas megatendências rumo a uma maior autossuficiência, ambição e agência2”, afirmou o responsável, citado numa nota publicada no website do BAD.
No entanto, salientou que este importante papel de liderança na elaboração de soluções universais “moldadas pelas perspectivas africanas, pelas prioridades africanas e pela agência africana deve ser abordado de forma selectiva, afirmando que o Banco Africano de Desenvolvimento não deve pretender ser tudo para todos; deve concentrar-se onde pode ter maior impacto, sempre com espírito de parceria”.
Ould Tah é o antigo presidente do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), onde supervisionou uma transformação institucional histórica.
Sob a sua liderança, os activos do BADEA cresceram de 4 mil milhões de dólares para quase 7 mil milhões de dólares, as aprovações anuais aumentaram doze vezes e os desembolsos oito vezes; e a instituição alcançou ratings de AA+/AAA.