Standard Bank Angola prevê desaceleração do PIB para 2.9% em 2025

O Standard Bank Angola (SBA) prevê uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2.9% em 2025, de 3.9% em 2024, à medida que desacelera o crescimento da produção petrolífera. As previsões foram avançadas nesta Segunda-feira, em Luanda, pelo economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique, Fáusio Mussá, que afirmou que…
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Apesar de algum alívio, o economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique, Fáusio Mussá, indica que o serviço de dívida continua elevado, o que limita o espaço fiscal.
Economia

O Standard Bank Angola (SBA) prevê uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2.9% em 2025, de 3.9% em 2024, à medida que desacelera o crescimento da produção petrolífera.

As previsões foram avançadas nesta Segunda-feira, em Luanda, pelo economista chefe do Standard Bank para Angola e Moçambique, Fáusio Mussá, que afirmou que apesar de algum alívio, o serviço de dívida continua elevado, o que limita o espaço fiscal.

“O superavit fiscal primário e o superavit da conta corrente da balança de pagamentos continuam críticos para ajudar a reduzir a dívida do Estado, as pressões do serviço de dívida e melhorar a oferta de moeda externa no mercado”, disse Fáusio Mussá, durante a 3ª edição do Briefing Económico 2024.

O Governo angolano, sublinhou, pretende aumentar a despesa de investimento em 2025, o que deve ser acompanhado com reformas para ajudar a simplificar os benefícios sociais e económicos.

“A maior parte receita em moeda externa do Estado, que resulta da contribuição do sector petrolífero continua a ser canalizada para o serviço de dívida, o que limita as vendas de moeda externa pelo Tesouro, e resulta numa elevada procura insatisfeita de moeda externa”, considerou.

Fáusio Mussá acrescentou ainda que o Banco Nacional de Angola (BNA) tem limitado a suas vendas de moeda externa para proteger as reservas internacionais, que se mantêm num nível confortável de 14.8 biliões de dólares em Outubro (7.8 meses de cobertura de importações).

A escassez de moeda externa, apontou, tem resultado na depreciação do kwanza e em inflação.

“O progresso esperado na reforma do subsídio aos combustíveis pode traduzir-se numa inflação que se mantém elevada por mais tempo, o que implica pressões no custo de vida, o que associado a uma fraca despesa de investimento pode traduzir-se numa desaceleração do crescimento do PIB no próximo ano”, sustentou.

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