Subida nos combustíveis faz disparar inflação moçambicana que deve atingir 7,3% este ano

A economia moçambicana deve registar, nos 12 meses deste ano, uma inflação a bater nos 7,3%, pressionada pelo ajustamento nos preços dos derivados do petróleo no país, de acordo com uma previsão da consultora Oxford Economics Africa. A marcha da alta da inflação no país já vem desde o início do ano. Depois de em…
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Previsão é da Oxford Economics Africa, que justifica a alta na inflação moçambicana com o ajustamento recente ao nível dos preços dos combustíveis daquele país africano banhado pelo oceano índico.
Economia

A economia moçambicana deve registar, nos 12 meses deste ano, uma inflação a bater nos 7,3%, pressionada pelo ajustamento nos preços dos derivados do petróleo no país, de acordo com uma previsão da consultora Oxford Economics Africa.

A marcha da alta da inflação no país já vem desde o início do ano. Depois de em Janeiro ter ‘batido’ nos 7,8%, o valor mais alto desde Outubro de 2017, Índice de Preço no Consumidor (IPC) moçambicano revela uma inflação a fechar o ano nos 7,3%, ligeiramente abaixo da marca inicial.

“A taxa anual de inflação subiu mais em Janeiro, alcançando o nível mais elevado desde Outubro de 2017, principalmente devido ao recente ajustamento no preço dos combustíveis e à continuada inflação dos bens alimentares”, lê-se no comentário sobre a subida dos preços de Janeiro.

A Oxford Economics Africa aponta ainda que “a inflação no Índice de Preços dos Consumidores aumentou 1,1 pontos, para 7,8% em Janeiro, quando em Dezembro teve um aumento homólogo de 6,7%”, conforme os comentários enviado aos clientes daquela consultora, citados pela Lusa.

Por outro lado, a inflação registou um aumento de 5,7% em 2021, uma forte subida face aos 3,1% registados em 2020, “num contexto de pressões inflacionárias provenientes das subidas dos preços do petróleo e perturbações na cadeia de distribuição, que se intensificaram desde o primeiro semestre do ano passado”.

Também estão previstos pela Oxford Economics Africa “que a inflação e o preço dos transportes potenciem a taxa média para 7,3% em 2022, face à média de 5,7% em 2021”, o que faz com que aqueles peritos prevejam que o banco central aumente a taxa directora em 75 pontos este ano, 50 dos quais já no segundo trimestre.

A inflação homóloga subiu para 7,8% durante o mês de janeiro em Moçambique, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na Quarta-feira da semana passada. A pressionar os indicacores estiveram as categorias de alimentação e bebidas não alcoólicas e de transportes como as que mais contribuíram para a subida de preços em Janeiro, face ao mesmo período de 2021, de acordo com o último boletim do IPC.

Os principais riscos que podem influenciar uma subida de preços em Moçambique estão relacionados com os impactos da Covid-19, aumento dos preços dos bens alimentares e combustíveis líquidos, a par de constrangimentos na cadeia de fornecimento de bens no mercado internacional. Isto conforme os mais recentes relatórios do Banco de Moçambique.

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