O Governo suíço vai restituir mais de 24 milhões de euros à Guiné Equatorial através de um projecto de cooperação, após o arquivamento de um processo que visava o seu vice-presidente, Teodoro Obiang, anunciou o executivo suíço.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou, em comunicado, que assinou “um acordo sobre a restituição de 22,8 milhões de francos” (mais de 24 milhões de euros) entre a Suíça e a Guiné Equatorial.
Estes fundos serão destinados a um projecto de cooperação “na área da saúde, com o objectivo de melhorar a qualidade e o acesso aos serviços de saúde primária para as populações vulneráveis em quatro províncias da região continental da Guiné Equatorial”, especificou o comunicado.
O acordo prevê um sistema de “governação e de monitorização específicos”.
Os activos tinham sido confiscados no âmbito de um processo penal aberto em Outubro de 2016 pelo Ministério Público do cantão de Genebra contra o vice-presidente equato-guineense, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como Teodorín, e outros dois arguidos por branqueamento de capitais e gestão danosa de interesses públicos.
Nesse contexto, diz a Lusa, 25 veículos de luxo – entre os quais Ferrari, Lamborghini, Bentley, Maserati e McLaren – tinham sido apreendidos pela Justiça de Genebra em 2016.
