A Taaden, empresa 100% pertencente ao Fundo Soberano do Sultanato de Omã, subsidiária da Maaden International Investment, passa a deter 41% da participação social da sociedade mineira de Catoca e 49% no Luele, no quadro do processo de saída da Alrosa, grupo russo de empresas de mineração de diamantes.
A informação foi avançada nesta Segunda-feira, em Luanda, pelo presidente do conselho de administração da ENDIAMA, José Ganga Júnior, ao explicar a conclusão do processo da entrada da Taaden.
Relativamente ao património da Hidroxicapa, José Ganga Júnior disse que a parte angolana, concretamente a ENDIAMA e os sócios nacionais, representam 51%.
“Além disso, o património da Hidroxicapa foi transferido integralmente para a Sociedade Mineira do Luele”, explicou Ganga Júnior.
O presidente do conselho de administração ressaltou que após 15 meses de trabalho, foi encontrada a melhor solução para viabilizar as sociedades mineiras de Catoca e Luele, que representam mais de 80% da produção de diamantes em Angola.
Por sua vez, o ministro dos recursos minerais, petróleo e gás, Diamantino Azevedo, referiu que este processo teve duas fases distintas.
“A primeira, que envolveu negociações entre os governos de Angola e da Rússia, seguindo-se a orientação do Presidente João Lourenço para encontrar uma solução para os desafios do subsector diamantífero angolano. Após um entendimento positivo com o governo russo e a empresa Alrosa, passámos para a segunda fase, agora com um novo parceiro. Hoje, essa etapa foi finalizada com a assinatura dos acordos entre a Taaden e a ENDIAMA”, precisou.
Diamantino Azevedo assegurou que esta iniciativa faz parte da reestruturação do subsector diamantífero de Angola, com foco na diversificação de parcerias, maior transparência na comercialização e aumento da receita para os produtores e para o governo angolano.