A TAAG Linhas Aéreas de Angola prepara-se para reforçar a sua presença no eixo Ásia-África com a retoma, prevista para 2026, dos voos directos para Guangzhou, uma das províncias mais dinâmicas da República da China. O anúncio foi feito esta semana, em Luanda, por Miguel Carneiro, administrador Comercial da companhia, à margem da conferência Innovision by Ucall.
Integrada no plano estratégico 2025-2029, a reabertura desta rota representa não apenas um regresso a um mercado de elevada procura, mas também uma aposta no reposicionamento da transportadora angolana no mapa global da aviação. “A rota de Guangzhou apresenta uma solução de negócio muito clara: trata-se da província responsável por 80% da produção ligada ao comércio digital na China. Ao retomarmos esta ligação, estamos a criar novas oportunidades de conectividade entre Angola e a China, e, de forma mais ampla, entre África e a China”, sublinhou Miguel Carneiro.
A decisão responde a uma crescente necessidade de alternativas directas entre Angola e a Ásia, sobretudo face às dificuldades logísticas actuais para chegar a Guangzhou. O administrador destacou que o processo encontra-se na fase final de aprovação e que a companhia pretende lançar a rota num momento em que a procura esteja consolidada, garantindo assim a sustentabilidade da operação.
Paralelamente à estratégia de expansão de rotas, a TAAG anunciou também o lançamento do TAAG BOT, uma solução digital de atendimento ao cliente integrada no WhatsApp. A ferramenta permitirá agendar viagens, emitir facturas e aceder a outros serviços sem necessidade de contacto presencial ou chamadas telefónicas.
A aposta tecnológica insere-se num movimento global do sector da aviação, no qual companhias aéreas têm acelerado a digitalização e recorrido a soluções de inteligência artificial e automação para melhorar a experiência do passageiro, reduzir custos operacionais e criar novos pontos de fidelização.
Para a TAAG, esta modernização digital, combinada com a expansão da sua rede internacional, é um passo essencial para se afirmar como ponte estratégica entre África, a Ásia e o resto do mundo.