Após dois anos de interrupção, devido a pandemia da Covid-19, a transportadora aérea portuguesa TAP pretende voltar a ligar Portugal a ilha cabo-verdiana da Boa Vista, já no próximo mês de Abril, prevendo para o efeito transportar 250 mil passageiros ainda este ano.
A informação foi adiantada nesta semana pela presidente da Comissão Executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener que esteve de à cidade da Praia.
“É um mercado muito importante para nós, não apenas pelo tamanho, mas também pela ligação de comunidades entre Portugal e Cabo Verde. A importância do mercado não é só pelas receitas, mas também pela importância das ligações económicas entre os dois países”, disse.
Num encontro com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, Christine Ourmières-Widener explicou que o mercado do arquipélago tem um peso inferior a 1% do total de receitas da TAP, mas prevê que o nível de passageiros a transportar seja “um pouco melhor” em 2022, subindo para mais de 250 mil.
“Vamos retomar as ligações à Boa Vista em Abril. Será o quarto destino em Cabo Verde – Praia, Sal e São Vicente. Estamos totalmente de regresso”, garantiu Christine Ourmières-Widener, citada pela Lusa.

Os voos da TAP para a Praia praticamente não chegaram a ser suspensos durante a pandemia da Covid-19, tendo a companhia aérea portuguesa retomado progressivamente as ligações para as ilhas de São Vicente e do Sal.
Para a gestora, a TAP “tem provado a dedicação e compromisso que tem com Cabo Verde”, apesar das constantes críticas de passageiros do arquipélago, sobretudo em relação aos preços praticados.
“Primeiro porque foi a única companhia aérea que não parou a operação em Cabo Verde durante a crise [da pandemia da Covid-19]. Acho que é uma prova significativa do nosso compromisso com o país”, destacou.
Por outro lado, Christine justificou que, “hoje”, os preços estão muito relacionados com a oferta e constrangimentos, mas que a TAP está a aumentar “significativamente” a capacidade neste verão, “o que se espera venha a ter um impacto directo nos preços ao consumidor”, concluiu.