Tarifa de viagens interprovinciais fica mais cara no Norte de Moçambique

A Associação dos Transportes de Nampula (Astra), no Norte de Moçambique, anunciou o aumento da tarifa de transporte interprovincial, passando, em alguns casos, para quase o dobro. As novas tarifas, que implicam cobrar mais 1,75 meticais (0,02 cêntimos de euro) por quilómetro a cada passageiro, entraram em vigor na segunda-feira, e vão abranger os transportes…
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Moçambique tem desde Segunda-feira, novas tarifas, que implicam cobrar mais 1,75 meticais (0,02 cêntimos de euro) por quilómetro a cada passageiro, e vão abranger os transportes que ligam Nampula.
Economia

A Associação dos Transportes de Nampula (Astra), no Norte de Moçambique, anunciou o aumento da tarifa de transporte interprovincial, passando, em alguns casos, para quase o dobro.

As novas tarifas, que implicam cobrar mais 1,75 meticais (0,02 cêntimos de euro) por quilómetro a cada passageiro, entraram em vigor na segunda-feira, e vão abranger os transportes que ligam Nampula a todas outras capitais provinciais, indica uma nota divulgada na página do Facebook da Astra.

Com o aumento de 1,75 meticais (0,02 cêntimos de euro) por quilómetro em todas viagens interprovinciais, para o caso do destino mais próximo (Nampula – Cabo Delgado), a viagem passou de 407 meticais (seis euros) para 700 meticais (nove euros), enquanto para a viagem mais distante, a que liga Nampula a Maputo, o custo passou de 2.036 meticais (28 euros) para 3.560 meticais (49 euros).

“Este aumento faz-se numa conjuntura económica e financeira crítica, em particular para o cidadão pacato, que se ressente pelo actual custo de vida”

“Este aumento faz-se numa conjuntura económica e financeira crítica, em particular para o cidadão pacato, que se ressente pelo actual custo de vida”, disse o presidente da Associação Rede dos Direitos Humanos de Moçambique (ARDHM), Sérgio Matsinhe, em conferência de imprensa na terça-feira.

Para a ARDHM, por exemplo, o aumento da tarifa vai piorar a situação económica dos mais pobres, num momento em que o relatório de Inquérito sobre Orçamento Familiar, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que a população moçambicana continua a viver com menos de um dólar per capita.

“Este aumento faz-se numa conjuntura económica e financeira crítica, em particular para o cidadão pacato, que se ressente pelo actual custo de vida”, disse o presidente da Associação Rede dos Direitos Humanos de Moçambique, Sérgio Matsinhe, em conferência de imprensa na terça-feira.

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