O Presidente equato-guineense, Teodoro Obiang, vai candidatar-se pelo Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) a um novo mandato, nas eleições presidenciais antecipadas para 20 de Novembro deste ano, acabando assim como as dúvidas que se levantaram sobre a sua continuidade ou não na liderança do país.
O anúncio foi feito, há dias, pelo seu filho e vice-Presidente do país, Teodoro Nguema Obiang Mangue, numa das suas redes sociais.
“Pelo seu carisma, liderança e experiência política, a Direcção Executiva do PDGE elegeu por unanimidade o irmão militante Teodoro Obiang Nguema Mbasogo como o candidato que representará o partido nas eleições presidenciais do próximo dia 20 de Novembro”, escreveu o vice-Presidente e encarregado da Segurança Nacional, “Teodorin”,como também é conhecido, no Twitter, citado pela Efe.
Com 80 anos de idade, 43 dos quais como Presidente equato-guineense, depois de ter aplicado em 1979 um golpe de Estado ao seu tio e assumir o poder, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo é o presidente mais antigo do mundo, tirando as monarquias. Segundo a agência portuguesa de notícias Lusa, um total de 99 dos 100 congressistas e todos os senadores pertencem ao seu partido, o PDGE.
As eleições presidenciais estavam agendadas para o mês de Fevereiro do próximo ano, mas um decreto presidencial divulgado no dia 19 deste mês remarcou o pleito para o dia 20 de Novembro deste ano, na mesma data em que estão agendadas as eleições legislativas e as municipais, justificando esta alteração com a “actual crise económica global multifacetada”. Segundo o decreto, a campanha eleitoral vai decorrer entre os dias 3 a 18 de Novembro.
As últimas eleições presidenciais foram realizadas em Abril de 2016, quando Obiang foi reeleito com pouco mais de 95% dos votos, um resultado marcado por alegações de fraude por parte dos candidatos da oposição e da comunidade internacional.
Desde que o país se tornou independente de Espanha, em 1968, tem sido considerado pelas organizações de direitos humanos como um dos mais corruptos e repressivos do mundo, devido a acusações de detenções e tortura de dissidentes e alegações de fraude eleitoral repetida.
