O Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), orçado em 700 milhões de dólares e inaugurado esta Segunda-feira, 10, pelo Presidente angolano, João Lourenço, “é um reservatório de confiança, estabilidade e crescimento para Angola”, considerou o ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Diamantino Azevedo afirmou que a infra-estrutura, “constuida com visão estratégica e trabalho árduo”, irá promover negócios directos e indirectos para outras empresas nacionais, “constituindo-se num factor dinamizador importante para a economia da província do Bengo, em particular, e para o país em geral”.
Neste contexto, explicou o governante, o TOBD desempenhará “um papel preponderante” no reforço da segurança energética do país, “à luz do Despacho Presidencial n.º 208/19 e do Despacho Presidencial n.º 103/19″, que estipulam a criação de reservas estratégicas e de segurança nacional e regulam a sua implementação, definindo os volumes e o tempo de autonomia por tipo de produtos.
“Esta infra-estrutura tem uma capacidade de armazenagem actual de 532 m³ de combustíveis líquidos e gasosos que por si só nos permitirá em situação de crise, garantir uma autonomia de abastecimento de todo o país de 30 dias”, garantiu Diamantino Azevedo.
Segundo avançou, concluída esta iniciativa, o seu Ministério tem ainda a nobre missão de continuar a desenvolver e a melhorar projectos e infra-estruturas do sector ao longo de toda a sua cadeia de valor
“Vários projetos estão em curso ou previstos para serem implementados, como são os casos da construção das refinarias de Cabinda e do Lobito, a requalificação dos terminais oceânicos do Lobito e do Namibe, a construção de um reduto para abastecer o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, bem como a construção de uma nova instalação de armazenagem de combustíveis na Huíla”, enumerou.
Adicionalmente, o ministro angolano adiantou que no quadro da transformação da Sonangol numa empresa de energia, está em estudo um projecto de hidrogénio verde a ser implementado numa área contínua do Terminal Oceânico da Barra do Dande, beneficiando das utilidades e infra-estruturas existentes, com destaque para o cais.
“Servirá como ponto de escoamento da amónia a ser produzida. Para todos estes projcetos, o objectivo e sentido de missão continuam bem patentes: garantir a criação de infra-estruturas que agregue valor ao sector de forma sustentável, eficiente e rentável, em sinergia com outras iniciativas governamentais”, apontou Diamantino Azevedo.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande é um empreendimento desenvolvido pela Sonangol, que, em 2020, adjudicou a construção do terminal através de concursos públicos.
