A TIS, consultora tecnológica angolana, está a testar em Lubumbashi o desenho da sua estratégia de internacionalização, combinando cooperação académica, infra-estrutura digital e leitura directa das dinâmicas locais de inovação.
A empresa, que se encontra a formalizar uma parceria com a Universidade de Lubumbashi (UNILU), doou equipamentos informáticos à instituição e apresentou-se no Africa Digital Innovation Summit, um dos principais fóruns regionais dedicados à economia digital.
O memorando em preparação entre a TIS e a UNILU prevê a criação do Canal Virtual Académico TIS–UNILU, uma plataforma destinada a disponibilizar cursos online, seminários, aulas híbridas, conteúdos multimédia e conferências. O projecto promoverá a ligação remota entre estudantes e docentes de Angola e da RDC, estabelecendo um corredor académico e tecnológico que aproxima os dois sistemas de ensino e abre espaço para iniciativas conjuntas na esfera da transformação digital.
Em simultâneo, a TIS entregou equipamentos informáticos à universidade para a instalação de um espaço de tecnologia e estudo, numa iniciativa de responsabilidade social orientada para o desenvolvimento de competências em sistemas de informação, redes, cloud e cibersegurança, áreas críticas para a competitividade económica na região.
A agenda da TIS na RDC coincidiu com o colóquio internacional organizado pelo Consulado-Geral da República de Angola e pela UNILU, no âmbito das comemorações dos 50 anos de independência do país lusófono. O encontro decorreu sob o tema “50 anos de independência entre memória histórica, mutações pós-coloniais e construção de um futuro soberano”, reunindo académicos, autoridades e entidades empresariais.
Paralelamente, a TIS marcou presença no Africa Digital Innovation Summit, igualmente em Lubumbashi, onde apresentou o seu portefólio de soluções de transformação digital, infra-estruturas tecnológicas, serviços geridos e cibersegurança a decisores públicos, empresas locais e parceiros regionais. A participação permitiu identificar necessidades específicas do mercado congolês, marcado por forte dependência de infra-estruturas críticas e por uma transição gradual para modelos baseados em serviços digitais.
Para o CEO da TIS, Willian de Oliveira, a participação em Lubumbashi “mostra que as empresas angolanas podem levar conhecimento, criar plataformas partilhadas e participar na construção do mercado digital africano, desde que se liguem a universidades, autoridades locais e organizações que conhecem o terreno”.
Com estas iniciativas, a TIS reforça o seu posicionamento em Angola e dá um passo estratégico na entrada em mercados africanos francófonos, combinando cooperação académica, articulação diplomática e capacidade de interpretar as necessidades tecnológicas da região.





