Tomasz Dowbor é um empresário com nacionalidade angolana, nascido a 15 de Abril de 1974, em Varsóvia, Polônia. Realizou os estudos primários em escolas públicas e os estudos secundários em instituições privadas na capital polonesa. Graduou-se em Teologia e Filosofia pela Academia de Teologia Católica de Varsóvia e concluiu uma pós-graduação em Gestão de Empresas na Universidade Católica de Lisboa, em Portugal.
Durante a infância, a sua família enfrentou dificuldades financeiras na Polônia. Segundo relato biográfico disponível no seu canal do YouTube, o seu pai mantinha contacto com os filhos durante estadias em Angola, descrevendo aspectos do país, o que teria despertado o interesse de Tomasz pela região.
Em 1994, mudou-se para Angola, onde iniciou a sua trajectória profissional. Trabalhou inicialmente com a produção e venda de pizzas num bairro de Luanda que, na época, apresentava elevados índices de criminalidade.
Em 1996, Mariusz Krzysztof Dowbor, o seu pai, fundou a empresa Poltec Investimentos, voltada para projectos nos sectores de engenharia e construção. Em 2014, foi iniciado o projecto Urbanização Boa Vida, em Luanda. Em 2016, após um processo de reestruturação, a empresa passou a se chamar Grupo Boavida e passou a actuar como um conglomerado empresarial com diversas subsidiárias. Tomasz Dowbor ocupa actualmente a presidência do conselho de administração, e Wojciech Dowbor, o seu irmão, é o presidente do conselho executivo.
Em 2018, o Grupo Boavida foi reconhecido na categoria de melhor empresa exportadora de Angola nos Prémios Sírius, organizados pela Deloitte, com base no desempenho de 2017. A empresa também desenvolve actividades de responsabilidade social por meio da Fundação Mariusz Dowbor, criada no dia 08 de Dezembro de 2024, em homenagem ao fundador, falecido em 2022. A fundação realiza acções em diferentes regiões de Angola.
Em entrevista ao portal wPolsce24 em 2021, Tomasz afirmou ver Angola como um país com vasto potencial econômico, especialmente nos sectores de mineração, agricultura e infraestrutura. Com uma população superior a 30 milhões de habitantes, considera o país uma oportunidade atractiva para negócios, particularmente para investidores poloneses interessados em novos mercados.
“O mercado africano, e especialmente Angola, oferece margens maiores e menos concorrência do que mercados tradicionais como a Europa ou a América do Sul”, disse.
Apesar das diferenças culturais entre Angola e a Polônia, Tomasz atribui o desempenho do Grupo Boavida à capacidade de adaptação às práticas locais e ao relacionamento estreito com as comunidades.
Destacou o papel da Câmara de Comércio Polonesa, que tem apoiado empresários interessados em investir em Angola, organizando visitas e fornecendo orientações sobre o ambiente de negócios. Para ele, a melhor forma de compreender o potencial do país é visitá-lo pessoalmente: “A observação directa é essencial para enxergar as oportunidades que Angola oferece.”