Trio de curtas-metragens portuguesas estreia-se nos cinemas este mês

Estreia-se nesta Quinta-feira, 03, nos cinemas um trio de curtas-metragens portuguesas sobre mulheres, num mês em que são esperados ainda filmes de Margarida Gil, Rita Nunes e Pedro Costa, refere a  distribuidora No Comboio, em nota de imprensa. “Que Mulheres Serão Estas?” reúne, numa mesma sessão, as curtas-metragens “Um caroço de abacate”, de Ary Zara,…
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A estreia reúne, numa mesma sessão, as curtas-metragens “Um caroço de abacate”, de Ary Zara, “As sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet, e “By Flávio”, de Pedro Cabeleira.
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Estreia-se nesta Quinta-feira, 03, nos cinemas um trio de curtas-metragens portuguesas sobre mulheres, num mês em que são esperados ainda filmes de Margarida Gil, Rita Nunes e Pedro Costa, refere a  distribuidora No Comboio, em nota de imprensa.

“Que Mulheres Serão Estas?” reúne, numa mesma sessão, as curtas-metragens “Um caroço de abacate”, de Ary Zara, “As sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet, e “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, que já fizeram um percurso por festivais.

Segundo a distribuidora, cada um dos filmes “é um reflexo das múltiplas camadas do que é ser mulher nos dias de hoje — entre aspirações, responsabilidades, lutas e momentos de descoberta”. “São histórias de (des)encontros, libertação, irreverência, luta e, acima de tudo, de mulheres que se recusam a ser definidas pelos obstáculos que as rodeiam”, refere. 

“Mãos no Fogo”, que teve estreia em Fevereiro no festival de Berlim, inspira-se livremente na obra “A volta no parafuso”, de Henry James, para contar a história de uma jovem realizadora que, a finalizar um documentário sobre grandes solares do Douro, descobre uma casa centenária onde conhecerá os actos de maldade e os segredos de uma família peculiar. A 03 de outubro estreiam-se ainda as longas-metragens “Mãos no Fogo”, de Margarida Gil, e “Sobreviventes”, de José Barahona, informou a distribuidora e produtora.

O elenco de “Mãos no Fogo” conta com Carolina Campanela, Rita Durão, Marcelo Urgeghe e Adelaide Teixeira, entre outros, e a direcção de fotografia é de Acácio de Almeida. “Sobreviventes” é uma coprodução luso-brasileira, na qual José Barahona olha para os portugueses colonialistas e a escravatura a partir da história de um naufrágio.

O filme – uma ideia de José Barahona, com argumento coescrito com José Eduardo Agualusa, que remete também para o livro “Nação Crioula”, do autor angolano, e para a personagem fictícia Fradique Mendes – foi rodado em 2022 na costa portuguesa e conta com interpretações, entre outros, de Anabela Moreira, Zia Soares, Ângelo Torres e Miguel Damião.

De acordo com a Lusa, a 10 de Outubro chega aos cinemas uma nova cópia digitalizada do filme “Ossos” (1997), sobre abandono e solidão, que Pedro Costa rodou no antigo bairro das Fontaínhas (Amadora). A exibição desta longa-metragem em sala acontece juntamente com a curta-metragem “As Filhas do Fogo”, exibida em Cannes em 2023 e que é interpretada por Elizabeth Pinard, Alice Costa e Karyna Gomes, com Os Músicos do Tejo.

Um filme-ensaio “sobre conflitos pessoais e éticos que ocorrem na antecâmara de uma grande tragédia”, assim se apresenta “O melhor dos mundos”, nova longa-metragem da realizadora Rita Nunes, a estrear-se a 10 de outubro. Com Sara Barros Leitão e Miguel Nunes, o filme é uma ficção em torno de questões éticas e científicas sobre a probabilidade de Lisboa voltar a ter um sismo de elevada magnitude, como o de 1755. A história inspira-se em factos reais e numa investigação de oceanografia e sismologia em curso.

*Napiri Lufánia

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