O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, impôs, esta Terça-feira, 16, restrições parciais de entrada a cidadãos de mais 15 países, entre os quais Angola, e alargou a lista de Estados sujeitos a uma proibição total de viagens para território norte-americano, invocando razões de segurança nacional.
A decisão surge na sequência de um ataque ocorrido em Novembro, em Washington, protagonizado por um requerente de asilo afegão, no qual dois membros da Guarda Nacional foram atacados, tendo resultado na morte de uma militar. O incidente foi apontado pela administração republicana como um catalisador para o reforço das medidas de controlo migratório.
Numa ordem executiva, Donald Trump determinou a proibição total de entrada nos Estados Unidos para cidadãos do Burkina Faso, Laos, Mali, Níger, Serra Leoa, Sudão do Sul e Síria. O documento estabelece ainda a interdição de entrada de indivíduos que utilizem documentos de viagem emitidos ou endossados pela Autoridade Palestiniana.
A medida surge num contexto de crescente tensão diplomática, depois de a administração Trump já ter negado vistos a autoridades palestinianas que estavam programadas para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Setembro.
Paralelamente, o Presidente norte-americano decretou restrições parciais de entrada para cidadãos de Angola, Antígua e Barbuda, Benim, Costa do Marfim, Dominica, Gabão, Gâmbia, Malawi, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbabué.
De acordo com a Lusa, esta decisão dá continuidade à política migratória adoptada em Junho, quando Trump já tinha imposto uma proibição total de entrada a cidadãos de 12 países, que permanecem na lista: Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. Mantêm-se igualmente em vigor as restrições parciais anteriormente aplicadas ao Burundi, Cuba, Togo e Venezuela.
A Casa Branca sustenta que o conjunto de medidas visa reforçar os mecanismos de verificação, reduzir riscos à segurança interna e assegurar maior controlo sobre fluxos migratórios, num contexto de crescente instabilidade geopolítica e pressão sobre os sistemas de imigração.





