“Turismo africano enfrenta várias barreiras operacionais, regulatórias e logísticas” – Governo de Angola

O secretário de Estado da Aviação Civil, Sectores Marítimo e Portuário de Angola, Rui Carreira, afirmou nesta Terça-feira, 22, em Luanda, que o turismo africano ainda enfrenta várias barreiras operacionais, regulatórias e logísticas, sem se esquecer dos constrangimentos gerados pela instabilidade política em alguns países. “É precisamente diante deste contexto que o transporte aéreo precisa…
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Secretário de Estado da Aviação Civil, Sectores Marítimo e Portuário angolano defendeu na abertura da 2ª Conferência Ministerial da ONU Turismo/ICAO, que o transporte aéreo precisa ser visto pelos Estados africanos, não como um custo, mas como um investimento estratégico.
Economia

O secretário de Estado da Aviação Civil, Sectores Marítimo e Portuário de Angola, Rui Carreira, afirmou nesta Terça-feira, 22, em Luanda, que o turismo africano ainda enfrenta várias barreiras operacionais, regulatórias e logísticas, sem se esquecer dos constrangimentos gerados pela instabilidade política em alguns países.

“É precisamente diante deste contexto que o transporte aéreo precisa ser visto não como um custo, mas como um investimento estratégico para os Estados africanos”, referiu Rui Carreira, quando discursava na 2ª Conferência Ministerial da ONU Turismo/ICAO sobre Turismo e Transporte Aéreo em África.

Segundo o responsável angolano, a conectividade aérea intra-africana, permanece limitada com rotas directas escassas e o levado custos operacionais, “realidade que afecta não apenas o fluxo de turistas, mas também as cadeias de valor locais, a geração de empregos e a competitividade dos nossos destinos”.

Carreira considerou, por isso, ser imperativo que se avancem com políticas integradas que promovam a liberalização do espaço aéreo africano, norteadas no espírito do mercado único do transporte aéreo e da decisão de Yamoussoukro, para o fortalecimento das infra-estruturas aeroportuárias com foco na eficiência, segurança e sustentabilidade ambiental.

 Conferência junta, em Luanda, líderes governamentais para debaterem futuro do turismo e dos transportes em África.

A cooperação regional que envolve governos, operadores aéreos, autoridades turísticas e parceiros internacionais, destacou o secretário de Estado angolano, tem como objectivo criar um ecossistema mais recente, acessível e inovador.

“Devemos igualmente dar atenção redobrada à formação de quadros técnicos, à digitalização de serviços aeroportuários e ao estímulo de investimentos privados, parcerias público-privadas, que são fundamentais para viabilizar o projecto de longo prazo e alinhar o sector aéreo africano aos perdões globais”, realçou.

O turismo e o transporte aéreo, na optica de Rui Carreira, não são sectores isolados, mas sim, transversais que conectam saúde, educação, cultura, comércio e a diplomacia. Por este facto, vê a conferência como “oportunidade única para reforçarmos o compromisso político e técnico com uma agenda que coloca a mobilidade africana no centro de desenvolvimento dos nossos países e na prosperidade dos nossos povos”.

A 2.ª Conferência Ministerial da ONU Turismo e ICAO sobre Turismo e Transportes Aéreos em África reúne em Luanda, de 22 a v24 deste mês, líderes governamentais do continente africano para debater de que forma o turismo e o transporte aéreo podem promover a integração económica em África, o desenvolvimento económico, a melhoria das infra-estruturas e facilitar o processo das viagens da população local.

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