Mais turistas e com estadias mais demoradas. É esta a conclusão do recente relatório de movimentação de hóspedes divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que reporta ao segundo trimestre de 2025.
Segundo os dados, os estabelecimentos hoteleiros do arquipélago receberam 253.360 hóspedes entre abril e junho, o que representa um aumento de 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de dormidas ascendeu a 1.300.589, traduzindo-se numa variação homóloga positiva de 10,6% e refletindo não só uma maior chegada de turistas, mas também uma ligeira extensão da duração média das estadias, que passou de 4,8 para 4,9 noites por visitante.
A taxa média de ocupação-cama passou de 48% para 60% no espaço de um ano, confirmando a tendência de maior procura, sendo que os hotéis mantêm-se como a principal escolha dos visitantes, absorvendo mais de 80% dos hóspedes.
A ilha do Sal continua a ser o epicentro do turismo, responsável por 56,9% das entradas, seguida da Boa Vista, com 25,2%. Em termos de mercados emissores, o Reino Unido manteve-se destacado, com 86.519 hóspedes e quase 495 mil dormidas, seguido por Portugal, Alemanha, França, Bélgica/Holanda e Itália.
Apesar do dinamismo internacional, o turismo doméstico continua a ter expressão reduzida, representando apenas 4,4% dos hóspedes e 2,3% das dormidas. A diferença é evidente também na duração média da estadia: 2,5 noites para residentes, contra 5,3 noites para estrangeiros.