A União Europeia (UE) vai financiar a modernização de portos para Cabo Verde diversificar a economia e usar a posição estratégica no Atlântico para prestar serviços no sector marítimo, disse a embaixadora no arquipélago, Carla Grijó.
“Cabo Verde está numa posição estratégica da qual pode tirar partido, mas para isso precisa de melhorar as suas infraestruturas e também os serviços que os seus portos podem prestar. Foi nesse contexto que o Governo nos apresentou uma lista das infra-estruturas que pretende modernizar”, explicou.
Carla Grijó falava em entrevista à Lusa, poucos dias depois de o Banco Europeu de Investimentos (BEI) aprovar um financiamento de 114 milhões de euros para financiar a reabilitação e ampliação de portos (que inclui as ilhas de Santo Antão, São Vicente e Sal), bem como do principal estaleiro naval do país, Cabnave, localizado em São Vicente.
O apoio surge em resposta à mobilização pela iniciativa Global Gateway da UE, que também já garantiu uma subvenção de 25 milhões de euros, a fundo perdido, do orçamento da UE, parcela que permite que o empréstimo do BEI, aprovado no final de Junho, “possa ser mais concessional”.
A fórmula Global Gateway “permite utilizar recursos públicos, do orçamento da UE, para mobilizar investimento de outros financiadores, no caso do BEI, mas a procura continua por outros parceiros de financiamento”, referiu Carla Grijó, “porque estes cerca de 100 milhões de euros que já conseguimos não vão ser suficientes para financiar a modernização de todas as infra-estruturas que estão na lista do Governo de Cabo Verde”.
“Já é um bom princípio poder começar por financiar algumas das infraestruturas mais importantes”, disse, citada pela Lusa.