Vencedor do “Prémio Literário Fernando Leite Couto” prepara terceira obra

Com duas obras no mercado, nomeadamente, “O Silêncio da Pele”, livro esse que mereceu o Prémio da Fundação Fernando Leite Couto, edição de 2019 para Poesia, e o livro poético “O Osso da Água”, o escritor moçambicano de 23 anos, Otíldo Justino Guido, trabalha na produção sua terceira obra literária inspirada na vila de "Óbido",…
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A obra do jovem poeta Otíldo Guido, de 23 anos de idade, está a ser inspirada na vila de Óbido, localizada em Portugal.
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Com duas obras no mercado, nomeadamente, “O Silêncio da Pele”, livro esse que mereceu o Prémio da Fundação Fernando Leite Couto, edição de 2019 para Poesia, e o livro poético “O Osso da Água”, o escritor moçambicano de 23 anos, Otíldo Justino Guido, trabalha na produção sua terceira obra literária inspirada na vila de “Óbido”, uma vila localizada em Portugal, onde se encontra actualmente em uma residência literária.

“A partir daqui consigo beber das paisagens góticas e medievais que caracterizam a vila Óbido e tem sido motivo de inspiração”, afirma o poeta.

O livro que está ainda em fase prematura e sem título continua sem data para o seu lançamento, afirma o Otíldo Guido.

O poeta que fica em Óbido até o próximo dia 14 deste mês, para além de desenvolver a sua obra literária, participa também de algumas actividades educativas e culturais.

Otíldo começou a escrever os seus primeiros textos há 8 anos, o poeta conta à FORBES que tudo começou numa uma tentativa de experimentar o verso, numa altura que escrevia apenas letras de música. “Então, interessou-me a ideia de o poema ter uma linguagem, digamos, mais profunda e possibilitar o desregramento da palavra”, disse

Para Otílde, escrever foi a maneira que encontrou de conhecer se profundamente e descobrir as transformações sentimentais e ideológicas que sofria ao longo do tempo.

“Foi uma espécie de espelho em que me contemplava, embora ofuscado com essa polida linguagem da alma”, ressalta o autor.

Numa primeira fase, o autor dedicava -se a ler alguns livros de poesia de autores nacionais moçambicanos, que eram mais acessíveis e foi assim que aos poucos apaixonou-se pela língua com as imagens como alguém que se apaixona pela vida. Desde essa altura, Otilde nunca mais parou, o seu primeiro livro com o título O Silêncio da Pele”, mereceu o Prémio da Fundação Fernando Leite Couto, edição de 2019 para Poesia.

Lançado em 2020, “O Silêncio da Pele” tem cerca de 98 páginas. É um livro de poesia dividido em duas partes, que compõem colectâneas de textos que reflectem sobre a natureza, a nostálgia e a esperança, sendo Moçambique um país assolado por guerras, fome, ciclones, cheias nas últimas décadas, o que de certa forma acabou por inspirar o poeta.

Já a segunda obra, Osso da Água”, foi fruto do Prémio de Poesia Judith Teixeira, 2020, destinado a todos os escritores dos países falantes da língua portuguesa,  lançada este ano.

O Prémio Literário Fernando Leite Couto é destinado a autores moçambicanos sem obra publicada, anualmente, intercalando em prosa e em poesia.

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