Western Union retoma operação de transferência em Angola, 8 anos depois

A Western Union anunciou, há dias, em Luanda, que, doravante, os clientes poderão enviar dinheiro a partir dos agentes locais da empresa em mais de 200 países do mundo, com a retoma das operações de transferências no passado dia 22 do mês em curso, à medida que a empresa aumentar os seus serviços de envio…
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Reformas implementadas pelo BNA, que terão permitido a construção de uma base económica solida para o país são encaradas pela empresa internacional como uma das razões para a reactivação dos serviços.
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A Western Union anunciou, há dias, em Luanda, que, doravante, os clientes poderão enviar dinheiro a partir dos agentes locais da empresa em mais de 200 países do mundo, com a retoma das operações de transferências no passado dia 22 do mês em curso, à medida que a empresa aumentar os seus serviços de envio e recepção de moeda.

Os clientes da Western Union poderão agora usufruir de serviços de transferência de dinheiro rápidos e convenientes através dos Banco Millenium Atlântico, Banco de Comércio e Indústria e Unitransfer, com a continuação dos trabalhos em cooperação com a comunidade de serviços financeiros e regulatórios de Angola, indica uma nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.

No documento, a empresa considera que a procura dos consumidores por serviços de transferência internacionais numa das maiores economias da África Subsaariana continua a aumentar rapidamente.

Citado na nota, o presidente da Western Union para a Europa, Médio Oriente e África, Jean Claude Farah, refere que, desde que a empresa começou a operar em Angola, tem estado empenhada em oferecer aos clientes os canais mais convenientes para fazerem as suas transferências de dinheiro, “proporcionando uma ampla gama de opções de formas rápidas e fáceis de enviar e receber divisa em território nacional ou transfronteiriça”.

No comunicado a Western Union realça ainda que, a rede de agentes e recursos contra branqueamento de capitais, o conjunto de tecnologia APIs, mecanismo de câmbio, liquidação e detecção de fraude, tornam a empresa numa das maiores movimentadoras de dinheiro digital e físico para consumidores em todo o mundo.

Por sua vez, Mohamed Touhami El Ouazzani, vice-presidente regional de África na Western Union, assegurou que a estratégia para Angola e o continente africano é especificamente desenhada para se ajustar ao caminho que o mundo está a seguir, prestando atenção às necessidades para que todos consigam beneficiar do dinheiro em tempo útil.

Limite de remessas em Angola sobe para 5 mil USD

Diferente dos anos anteriores, em que autorizava a realização de operações com máximo de 2 mil dólares, a empresa americana subiu para 5 mil dólares por mês os limites das remessas internacionais estabelecidas para o processo retomado na passada Quarta-feira, de acordo com o Banco Nacional de Angola (BNA).

Durante uma reunião com o governador do BNA, José de Lima Massano, o presidente para a Europa, Médio Oriente e África da Western Union, Jean  Claude Farah, reconheceu o desenvolvimento económico e financeiro de Angola nos anos mais recentes, particularmente no domínio cambial, permitindo retomar com segurança a actividade que vinham exercendo em Angola e que estava suspensa desde 2014.

Na reunião que mantiveram, José Massano partilhou também com o responsável da empresa norte-americana as iniciativas complementares no domínio cambial, em que se inclui a harmonização de regras sobre remessa de valores, em função de disposições normativas sobre operações privadas publicadas em 2021.

De acordo com o governador do banco central angolano, o órgão que dirige quer reduzir burocracia para continuar a reforçar as competências e capacidades dos bancos comerciais a nível do compliance, bem como do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

A Western Union Company, é considerada líder global em pagamentos e movimentações monetárias transfronteiriças e entre diferentes moedas. A plataforma da empresa oferece fluxos transfronteiriços contínuos e a sua rede financeira global conecta mais de 200 países e mais de 130 moedas.

Pedro Mbinza

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