ZCLCA é uma oportunidade para o sector privado se desenvolver, diz secretário-geral

O secretário-geral da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), Wamkele Mene, referiu hoje em Luanda que a integração oferece uma oportunidade aos operadores do sector privado para conseguirem se desenvolver, através da industrialização e melhoria dos mercados. O responsável fez tais considerações durante um workshop em que participaram o ministro angolano da Indústria e…
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Wamkele Mene, que se encontra de visita a Angola desde o passado dia 3, diz que o acordo para a operacionalização da Zona de Comércio Livre só será possível com o engajamento do empresariado.
Economia

O secretário-geral da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), Wamkele Mene, referiu hoje em Luanda que a integração oferece uma oportunidade aos operadores do sector privado para conseguirem se desenvolver, através da industrialização e melhoria dos mercados.

O responsável fez tais considerações durante um workshop em que participaram o ministro angolano da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, representantes da classe empresarial e outros membros do Executivo, que serviu para abordar o actual ponto de situação das negociações em curso, com o propósito de se alinhavar o acordo que cria a ZCLCA e os seus próximos passos.

“É importante o engajamento do sector privado, porque o cordo só será possível se os empresários estiverem na linha da frente”, referiu Wamkele Mene, acrescentando que os países integrantes não podem olhar para as tarifas como uma fonte de receita. “Temos é de pensar na materialização intensa do processo de industrialização para obter receitas”, indicou a entidade que se encontra de visita a Angola desde o dia 3 do mês em curso.

No encontro, que decorreu de forma híbrida, com mais de 200 pessoas a acompanharem online, a empresária Filomena Oliveira, em representação da classe, disse acreditar na funcionalidade da ZLCLA, mas que para tal será necessário maior capacitação, parcerias regionais e trabalho afincado entre as associações angolanas e suas congéneres africanas, no sentido de se concentrar sinergias entre os países-membros.

“Precisamos de nos capacitar técnica e profissionalmente, gerir melhor os projectos e sobretudo ter proactividade para agarrar este mercado e não descorar o mercado informal que é a maioria nacional”, sublinha.

O acordo que cria a ZLCLA foi assinado a 21 de Março de 2018, em Kigali, no Rwanda. Angola ratificou o acordo apenas em Janeiro deste ano, mas países como Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique também o assinaram.

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