O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, avançou nesta Segunda-feira, em Luanda, que o seu país deve tornar-se, em 2025, o 11.º membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) o que trará novas oportunidades para os países lusófonos.
José Ramos-Horta, que falava em conferência de imprensa após um encontro com o seu homologo João Lourenço, no Palácio Presidencial, destacou o potencial de cooperação dos dois países e a dimensão económica dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), afirmando que a adesão à ASEAN será uma grande oportunidade para a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
“Com a nossa adesão à ASEAN, é minha convicção que Timor-Leste pode ser o grande armazém para produtos de países PALOP ou CPLP, para a sua redistribuição na área, a exemplo de Singapura que, além de um grande centro financeiro é dos maiores centros de ‘transhipment (transbordo) do mundo”, disse o chefe de Estado timorense, apontando este país e o Dubai como placa giratória de comércio para o sudeste asiático.
“Isto é possível, desde que os nossos dois governos incentivem o setor privado com apoio, com empréstimos, com juros sustentáveis (…) para passarmos das declarações anuais, românticas, de influência latina para uma coisa mais prática de resultados concretos para os nossos países”, enfatizou.
Ramos-Horta, citado pela Lusa, abordou os progressos de Angola desde o fim do conflito, destacando que “firmada a paz, Angola deu grandes exemplos de como solucionar conflitos, de como sarar feridas, de como reconciliar a grande nação angolana”.